Um empresário em nome individual do ramo informático, de 43 anos, residente em Gaia, nega ter utilizado ilegitimamente os dados do cartão de crédito de um emigrante aveirense radicado em França para fazer pagamentos na ordem dos 4700 euros em compras de bens e serviços.
O indivíduo começou a ser julgado no Tribunal de Aveiro por 11 crimes de burla informática e oito crimes de falsidade informática.
Além de compras de artigos diversos e ingressos para espetáculos, os pagamentos realizados durante os anos de 2015 e 2016 incluem cerca de três mil euros de gastos com aluguer de viaturas e deslocações a Espanha.
“Não concordo nada com a acusação”, afirmou o arguido ao depor no início do julgamento, assumindo apenas que, numa altura em que estava impossibilitado de ter cartão de crédito, comprou “num site da internet” códigos de um cartão de crédito para usar “como garantia de pagamento” no aluguer de viaturas.
“Existem muitos sites, normalmente russos, são pessoas que entram em servidores e ‘sacam’ os códigos para depois venderem”, explicou garantindo que não usou os dados do emigrante para pagamentos.
“Os valores que falam na acusação foram pagos em dinheiro”, garantiu, negando também que tenta sido o beneficiário dos pagamentos de artigos e serviços no valor de 1700 euros. “Não tem nada a ver comigo, imputaram-me isso porque tinha os dados do cartão, soube quando li a acusação”, assegurou.