No dia 30 de outubro o Centro de Saúde de Águeda foi encerrado por ordem do Agrupamento dos Centros de Saúde do Baixo Vouga por manifesta falta de condições de segurança para profissionais e utentes.
Com as fortes chuvadas desse dia e com os problemas estruturais que persistem naquele edifício, registaram-se infiltrações graves no edifício e água que percorria todo o circuito elétrico, caindo das luzes do teto e do quadro elétrico.
Nesse mesmo dia, o Bloco de Esquerda entregou uma pergunta ao Governo a dar conta desta situação e a exigir que não se protelassem mais as obras de intervenção que é preciso fazer.
Esta semana o Grupo Parlamentar deslocou-se ao local e teve a oportunidade de visitar o edifício. De facto, em todos os locais do edifício, seja na USF, seja na USCP, na Saúde Pública ou nos Cuidados à Comunidade, a situação é a mesma: há humidade e infiltrações nos gabinetes; não há climatização e quando a chuva é muita também chove dentro do edifício.
Esta situação é inadmissível. Não é digna, nem para profissionais, nem para utentes, pelo que a ARS Centro e o Ministério da Saúde devem comprometer-se com uma intervenção que melhore, de imediato, as condições deste edifício, e devem comprometer-se ainda com datas concretas para início e fim da obra de construção de um novo edifício. Esse compromisso de calendário é essencial para que a situação não se arraste e a obra não se atrase indefinidamente, como tantas vezes acontece.
Os Cuidados de Saúde Primários são um pilar fundamental do SNS e devem ser cada vez mais reforçados e valorizados. Sem eles grande parte da população não teria acesso a cuidados de saúde diferenciados, nem acesso a terapêuticas. O reforço e valorização destes cuidados passa por dignificar e melhorar o espaço e as condições onde eles se desenrolam.
Para além disso, eles devem estar dotados dos profissionais necessários, coisa que não acontece no Centro de Saúde de Águeda, em particular no que toca a Assistentes Operacionais e a Assistentes Técnicos. Por exemplo, é necessário pelo menos mais um funcionário para fazer o atendimento da central telefónica, agilizando assim a ligação entre o utente e o centro de saúde, a marcação de consultas e outras informações.
Os deputados do BE, Moisés Ferreira e Nelson Peralta questionaram o Governo.
Bloco de Esquerda