Não faz sentido mudar a bitola da Linha do Vouga

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Linha do Vouga, S. João da Madeira (foto de António Pereira).

Não faz sentido mudar a bitola da Linha do Vouga. O que faz sentido sim, é repor a interface que havia em Espinho. Mas mesmo sem essa interface, continua muito por fazer pela linha, mesmo nas actuais condições.

Mário Pereira *

O Movimento Cívico pela Linha do Vouga manifesta o seu profundo desagradado com a postura das quatro Câmaras municipais da região do Entre Douro e Vouga.

Ao contrário da Câmara de Águeda, que defende a manutenção da bitola estreita, e o reforço dos horários (ou seja luta pela linha mesmo nas condições em que está), estes quatro municípios usam como desculpa a questão sem fundamento da mudança da bitola para que não se faça nada.

Não faz sentido mudar a bitola da Linha do Vouga. O que faz sentido sim, é repor a interface que havia em Espinho. Mas mesmo sem essa interface, continua muito por fazer pela linha, mesmo nas actuais condições.

Os transportes públicos têm como obrigação servir as populações. Ora, então, vivemos numa zona fortemente industrializada, onde muitos trabalhadores trabalham por turnos. Colocar mais circulações na linha adequadas às mudanças de turno, faria que com grande parte da população tivesse acesso a um meio de transporte prático e mais ecológico.

Recusamos afirmações de que os transportes para as empresas são obrigação das mesmas. É da competência do organismos do Estado, locais ou nacionais, intervir onde as empresas não conseguem intervir. A bem do povo.

Recusamos também a insistência destas mesmas quatro câmaras em simplesmente exigir a ligação ao Porto, desprezando a ligação a Aveiro e ao resto do país via Sernada do Vouga.

Está na hora de aprender com o exemplo de Águeda.

* Movimento Cívico pela Linha do Vouga.

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