“Não está esquecido, nem abandonado. Mas não lhe vemos funcionamento” – PS questiona atividade do CMIA

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CMIA - Centro Municipal de Interpretação Ambiental.

O PS fez notar na última reunião do executivo camarário de Aveiro a ausência de atividades no Centro Municipal de Interpretação Ambiental (CMIA), um edifício localizado na zona das salinas, junto ao terminal Tirtif, quando seria de esperar, para além do mais, o seu aproveitamento no âmbito da programação da Capital Portuguesa da Cultura (CPC) 2024, que está a decorrer até ao final do ano.

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“Não está esquecido, nem abandonado. Mas não lhe vemos agenda nem funcionamento digno, quer para palestras, exposições, reuniões, tudo o que se possa lá fazer, formações, etc., aproveitando o espaço. Deixamos esse repto”, afirmou o vereador Rui Soares Carneiro, estranhando que a infraestrutura criada para servir como polo de promoção dos valores ambientais do município e da Ria de Aveiro seja “quase esquecida” também durante a CPC, “porque não é usada”.

O eleito socialista lembrou que, sendo o terceiro trimestre da CPC dedicado aos temas da sustentabilidade, a Câmara ainda vai a tempo de “dar mais uso” ao CMIA “do que tem  acontecido atualmente”, a par de atividades que possam ter lugar no salgado.

Na resposta, o presidente da Câmara recordou que a conclusão do edifício ficou-se a dever ao executivo que assumiu funções há 10 anos, tendo-o encontrado “parado há vários anos”. A obra seria inaugurada em 2016. “Fomos os salvadores do CMIA”, disse, garantindo que “é uma aposta, para continuar a investir e a dinamizar”, com as escolas por exemplo, beneficiando da colaboração de duas biólogas, entretanto, contratadas como técnicas superiores. Ribau Esteves não soube adiantar ao executivo se há atividades do programa da CPC previstos para o CMIA, mas independentemente disso o edifício não deixará de estar ocupado com atividades.

O CMIA dispõe de um auditório, áreas de interpretação ambiental e de exposição permanente, espaço multimédia e um jardim com percursos pelas salinas (Ecomuseu Marinha da Troncalhada) e observatório de aves, integrando uma rede municipal de outros espaços de lazer, como Cais da Ribeira de Esgueira e os parques ribeirinhos da Pateira, de Requeixo e do Carregal.

O vereador João Machado explicou que CMIA “não é só o edifício, tem muitas atividades cá fora”, com visitas escolares para dar a conhecer a biodiversidade dos parques ribeirinhos agregados, acolhendo, também, ações enquadradas na CPC. O programa para os próximos meses será divulgado brevemente, sendo que no verão o horário será, naturalmente, alargado.

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