A fase de apuramento do campeão da divisão de elite do futebol distrital de Aveiro ganhou maior interesse após a terceira jornada, por força da derrota pesada do Beira-Mar em Castelo de Paiva (1-3).
Os aveirenses chegaram ao intervalo em vantagem, mas permitiram uma reviravolta dos locais, provando porque chegaram a esta fase do campeonato em segundo lugar.
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O Paivense impediu o Beira-Mar de regressar a casa com uma vantagem que poderia ser mais confortável para encarar os jogos seguintes, encurtando para cinco pontos a distância do líder.
Ricardo Maia, treinador aveirense, gostou da forma como a sua equipa entrou no jogo, mas não escondeu que depois do intervalo o rumo dos acontecimentos esteve nos pés do adversário.
“Fizemos uma primeira bem conseguida, dentro da estratégia preparada durante a semana, os jogadores sabiam da importância deste jogo nas contas finais. Claro que era muito importante para o Paivense. De qualquer forma, independentemente do campo onde possamos jogar, o propósito é ganhar. Na primeira parte, o resultado estava ajustado e até tivemos situações para traduzir num marcador superior ao 1-0”, disse em declarações transmitidas pela Rádio Terranova.
Depois do intervalo, a equipa regressou ao terreno do jogo voltou a ser avisada que o Paivense iria jogar o ‘tudo ou nada’ nesta jornada. “Julgo que não entrámos mal, tivemos uma possibilidade na ‘cara’ do guarda-redes, mas isso não pode justificar o que aconteceu na nossa inoperância defensiva”, acrescentou o ‘mister’ aurinegro.
“As alterações do Paivense deram maior pendor ao corredor central, nós procurámos dar resposta através das opções no banco, mas se há substituições felizes a verdade é que também acontece o contrário. Julgo que até piorámos de produção”, admitiu Ricardo Maia.
“Com a desvantagem no marcador, adotámos outra postura, mas fomos demasiado verticais em detrimento de um jogo mais pensado e chegámos sempre com o coração do que com a cabeça ao último terço. Na segunda parte, o Paivense foi claramente merecedor do resultado”, disse ainda.
“O Beira-Mar está consciente da sua missão, sai de cabeça erguida e sabemos porque saímos derrotados. Agora esperamos ansiosamente pelo próximo domingo para voltar à normalidade”, concluiu.
O Beira-Mar parte para a próxima ronda depois da terceira derrota, e mais expressiva até ao momento. Curiosamente tendo pela frente, domingo, o Estarreja, em Aveiro, uma das equipas que conseguiu vencer aos aurinegros.
Discurso direto
“A primeira parte teve mais Beira-Mar. A nossa estratégia era atrair a pressão do Beira-Mar, os meus jogadores precipitaram-se em bolas longas e diagonais. O Beira-Mar estava a tirar partido do bloco médio baixo. Na segunda parte corrigimos. Fomos mais pelo jogo interior, por tentar entrar e acabámos por ser felizes. A nossa superioridade na segunda parte foi maior que o Beira-Mar teve na primeira. A vitória assenta-nos bem, atendendo à nossa segunda parte. O Beira-Mar é uma equipa fantástica, um excelente treinador e equipa técnica. O trajeto que têm feito não é por acaso. Um plantel rico e profundo, com qualidade e muito intenso mas fomos superiores. As vitórias são sempre todas especiais, seja com quem for, é isso que nos leva para outro patamares, ambicionamos sempre mais um pouco” – Paulo Mendes, treinador do Paivense.
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