Uma mulher de 59 anos, cozinheira de profissão, negou hoje no Tribunal de Aveiro que tivesse pago compras de quase 3500 euros com cheques de uma empresa de venda de peixe que foram furtados em Avanca, concelho de Estarreja.
A arguida começou a ser julgada, esta segunda-feira, por cinco crimes de burla e seis outros de falsificação de documentos.
Os cheques foram furtados em outubro de 2013 do interior da viatura do proprietário quando este almoçava num restaurante, bem como uma mala com 3800 euros em dinheiro e um molho de chaves.
Nas declarações prestadas em tribunal, a arguida, residente em Almeirim, disse que não é a autora das burlas ocorridas em lojas de roupa e farmácias durante o mês de novembro de 2013, por vezes vários casos no mesmo dia.
“Não fui eu, nunca roubei nada a ninguém, não pratiquei os factos”, afirmou, rejeitando ser a pessoa alvo de reconhecimento por uma lojista e quem aparece num outro caso nas imagens de videovigilância.
Os pagamentos variam entre 500 e 830 euros, tendo ocorrido em vários locais, como S. João da Madeira, Ourém, Coimbra e Leiria, entre outros.
Uma funcionária de uma das lojas lesadas contou ao tribunal que, apesar de previamemente autorizada pela gerência a aceitar o cheque, acabou por ter de suportar a despesa através do seu ordenado quando o banco não deu ordem de pagamento.
O homem lesado pelo furto do interior da viatura, residente em Ovar, já não tem atividade no ramo do comércio de peixe por dificuldades financeiras, encontrando-se desempregado.