Uma mulher de 34 anos, trabalhadora na construção civil, confessou, a autoria de cinco de sete furtos a residências na freguesia da Gafanha do Carmo, Ílhavo, de onde levou, sobretudo, jóias, que depois vendia ao desbarato em ‘lojas de ouro’, mas também relógios e algum dinheiro.
A arguida disse no início do julgamento, esta manhã no Tribunal de Aveiro, apenas “não se recordar” de dois furtos, ambos imputados na forma tentada. Num caso, segundo a refere o Ministério Público, porque não teria encontrado bens de valor na residência e no outro por ter acionado o alarme da residência.
Os assaltos em causa ocorreram entre julho e outubro de 2019, tendo os proprietários declarado a perda de bens avaliados em mais de 10 mil euros.
Num furto, no verão de 2019, a larápia ainda chegou a ser surpreendida dentro de casa pelo morador, mas conseguiu escapar com artigos de valor.
Segundo contou ao tribunal, na altura dos furtos encontrava-se “a viver na rua” depois de ser despejada da casa onde morava e de ficar sem a guarda de uma filha de cinco anos, que foi institucionalizada.
A mulher contou que ficou em Ílhavo depois de algum tempo a viver numa ‘casa abrigo’ local, onde recebera proteção devido a casos de violência doméstica de que foi vítima quando residia em Santa Maria da Feira com um anterior companheiro.
“Vi-me sem trabalho, nem casa, tive de abrir mão da minha filha. Antes de endireitar a cabeça foi fazendo asneiras”, referiu a arguida, declarando não ter problemas de droga nem álcool.
A arguida tem antecedentes por condução sem carta, o que a levou já a cumprir tempo de cadeia.
Atualmente vive com um homem em Ílhavo com quem trabalha em tarefas ligadas a construção civil e recebe acompanhamento psiquiátrico no hospital de Aveiro.
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