“É tudo verdade”. Uma mulher com cerca de 50 anos confessou, sem reservas, a autoria do roubo violento ocorrido em Ílhavo em julho do ano passado, de que foi vítima uma idosa.
A arguida assumiu os factos de que é acusada esta segunda-feira no início do julgamento, que está a decorrer no Tribunal de Aveiro.
A vítima, atualmente de 90 anos, foi surpreendida quando estava na sua residência, onde vivia sozinha, na freguesia da Gafanha da Nazaré.
A resistência oferecida durante o roubo levou a arguida a reagir com violência extrema.
A mulher acabou por abandonar o local na posse de cerca de 330 euros.
A idosa seria encontrada inanimada, tendo sido transportada às urgências hospitalares de Coimbra onde chegou a estar em coma.
Segundo familiares, acabaria por recuperar, mas devido às sequelas das agressões deixou de ter autonomia e não tem memória do que aconteceu há um ano.
O estado atual de saúde levou a advogada assistente a informar o tribunal que prescindiu de ouvir a vítima no julgamento.
Nas declarações prestadas, a arguida garantiu que não conhecia a vítima, nem tinha rondado a casa em dias anteriores.
Na altura, explicou, vivia na rua, porque tinha ficado desempregada.
No dia do roubo, contou, tinha bebido álcool e tomado comprimidos. “Sabia mais ou menos o que estava a fazer”, disse.
Assumiu, de resto, problemas de alcoolismo e consumo de droga (cocaína). Terá sido para isso mesmo que precisava de dinheiro.
“Estou muito arrependida e peço desculpa à senhora pelo que fiz e não devia ter feito”, afirmou.
Com um filho menor à guarda do pai, a arguida, que está em prisão preventiva, disse pretender fazer tratamento das dependências para trabalhar e voltar à família.
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