O Ministério Público (MP) pediu pena de prisão efetiva para um ex-bancário sexagenário acusado de ter desviado 423 mil euros das contas de um casal amigo, à data dos factos proprietários de uma pastelaria que, entretanto, fechou as portas.
“Prolongou a atividade uma década, até o banco descobrir. Tentou branquear com a emissão de livranças, mas ainda endividou mais os ofendidos, que traíram com uma amizade interesseira. Entraram nos seus corações e nas contas”, afirmou o Procurador nas alegações finais que decorreram esta manhã no Tribunal de Aveiro.
Apesar do arrependimento, confissão dos factos, ausência de antecedentes criminais e boa inserção social serem atenuantes, o magistrado considerou que a eventual suspensão da pena seria motivo de “júbilo” para o acusado. Mesmo condicionada a ressarcir o banco, uma vez que está insolvente e não tem outros meios de pagar e encontra-se reformado.
Para a esposa, o Procurador admitiu uma pena suspensa, ainda assim sem dar crédito a versão da defesa que alegara desconhecer os desvios feitos pelo marido. Numa ocasião, viu ‘cair-lhe’ na conta 10 mil euros, o que teria necessariamente de questionar sobre a origem do dinheiro, sustentou.
A defesa pediu a absolvição da arguida e pena suspensa para o marido de 66 anos.
O homem está acusado dos crimes de abuso de confiança qualificado e de falsificação de documento agravado. A esposa do crime de recetação continuada.
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