
Um indivíduo de 26 anos acusado da autoria do incêndio habitacional, que pôs em risco a casa dos pais, na Murtosa, há dois anos, negou os factos imputados ao prestar declarações no início do julgamento, esta quinta-feira, no Tribunal de Aveiro.
Está a ler um artigo sem acesso pago. Faça um donativo para ajudar a manter o jornal online NotíciasdeAveiro.pt gratuito.
O Ministério Público (MP) admite na acusação que o jovem seja declarado inimputável por padecer de doença do foro psiquiátrico (esquizofrenia), não tendo sido capaz de medir as consequências dos seus atos, pedindo a condenação numa medida de segurança, nomeadamente internamento.
O arguido contrariou depoimentos prestados aquando do inquérito, nomeadamente aquando de uma reconstituição feita pela Polícia Judiciária, em que não só confessou a autoria, como entregou o isqueiro que terá usado para atear fogo nos anexos da residência, que ficaram parcialmente destruídos pelas chamas. Os danos só não foram maiores devido à intervenção dos familiares, com meios próprios, enquanto não chegaram os bombeiros.
Questionado pela juíza presidente, o jovem, atualmente desempregado, contou que, na noite dos factos, acendeu “uma vela não para atear fogo mas para”, como seria habitual, “rezar” junto de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, que estaria colocada nos anexos, onde existiam também gaiolas de pássaros e servia, ainda, de garagem de viaturas e local de arrumos.
Explicou depois de rezar decidiu sair para comprar tabaco, tendo pedido dinheiro ao pai, deparando-se com o incêndio no regresso. Os bombeiros não salvaram as aves, mas conseguiram evitar que chamas atingissem as viaturas e se propagassem à habitação principal.
O arguido negou que a motivação tivesse sido uma discussão com o pai e garantiu que ajudou a apagar as chamas, contrariando a GNR que o terá encontrado “despreocupado e a contemplar” o fogo.
A GNR da Murtosa tem outras ocorrências similares envolvendo o jovem.
Siga o canal NotíciasdeAveiro.pt no WhatsApp.
Publicidade e serviços
» Pode ativar rapidamente campanhas promocionais no jornal online NotíciasdeAveiro.pt, assim como requisitar outros serviços. Consultar informação para incluir publicidade online.