A Direção-Geral do Património Cultural aceitou a inscrição, para “salvaguarda urgente”, do “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, que foi proposta pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA).
O despacho de 22 de novembro de 2022 da Subdiretora-Geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, é hoje publicado no Diário da República.
A inscrição do “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro” no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, a pedido da CIRA, “reflete os critérios constantes” das normas de proteção legal.
A Direção-Geral do Património Cultural considera que a proposta de “salvaguarda urgente” tem enquadramento, entre outros aspetos, atendendo à “importância da manifestação enquanto reflexo da identidade da comunidade, grupos e indivíduos”, a sua “dimensão histórica, social e cultural na área territorial em que se insere”, bem como “a relevância da manifestação para o desenvolvimento sustentável nos territórios onde se pratica”.
Por outro lado, é levado em “as características do contexto de transmissão do saber-fazer, que acarreta riscos passíveis de comprometerem a sua continuidade, a curto e médio prazo”, impondo-se “medidas de salvaguarda e valorização preconizadas na viabilidade futura do saber-fazer em questão.”
A construção naval associada ao barco moliceiro passa, assim, a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (www.matrizpci.dgpc.pt) protegido por lei.
“Necessidade de salvaguarda urgente” (DGPC)
“A DGPC indicou reconhecer a necessidade de salvaguarda urgente a este saber-fazer, que atualmente é apenas praticado de forma regular por cinco mestres construtores e por um pintor de moliceiros, [sediados] nos concelhos de Estarreja e Murtosa, não se tendo conseguido atrair novos aprendizes nos anos mais recentes” (ler comunicado).
“Um passo fundamental para a classificação futura, por parte da UNESCO” – CM Murtosa
“O reconhecimento nacional da importância da salvaguarda deste património extraordinário representa um passo fundamental no caminho, encetado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, para a classificação futura, por parte da UNESCO, do Moliceiro e da Carpintaria Naval da Região de Aveiro como Património Mundial Imaterial da Humanidade” (ler nota partilhada pelas redes sociais).
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