Moisés Ferreira, cabeça de lista do BE pelo distrito nas eleições legislativas antecipadas, acredita que o partido poderá recuperar a representação que perdeu em 2022, quando ficou sem qualquer deputado por Aveiro.
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O BE aposta em dois ex-deputados para voltar a incluir o distrito de Aveiro na sua representação parlamentar e contribuir a nível nacional para o partido voltar a ter a “força” política necessária que permita após as eleições condicionar a governação à aplicação de medidas defendidas em vários sectores.
“É recuperável com mais votos obviamente, agora como se tem mais votos ? O que vemos pelos estudos de opinião, valem o que valem, é que existem muitos eleitores indecisos neste momento. Estou certo que muitos desses eleitores indecisos depois da queda provocada pelo Governo, muitos votaram no PS há dois anos”, disse o cabeça de lista.
“O que dizemos a essas pessoas é que dois anos causaram várias crises, está provado que a maioria absoluta não funciona e maioria absoluta do PS é igual a muitos governos da direita, para combater o PS e a ascensão da direita é votar no BE, para que as propostas do partido tenham força para serem aplicadas a 11 de março, direito à habitação, regular rendas, limitar lucros da banca para serem aplicados nos créditos a habitação, investir no SNS, etc”, acrescentou Moisés Ferreira, psicólogo e formado de São João da Madeira.
Moisés Ferreira não valoriza muito, para já, a abertura do seu conterrâneo Pedro Nuno Santos, agora líder do PS, para novos entendimentos à esquerda, remetendo conversas “sobre políticas e medidas” para depois das eleições, acreditando que, nesta fase, o mais importante o BE “acumular força” eleitoral para poder defender as suas causas.
A lista inclui Nelson Peralta (biólogo, Avero) em segundo, Sónia Pinto (enfermeira, Mealhada) em terceiro, Filipa Vieira (Águeda, bióloga) em quarto e João Moniz (líder concelhio do BE em Aveiro) em quinto lugar.
Nas eleições de 2022, o BE foi quarto partido mais votado, com 16.700 votos (4,58%), tendo perdido 18.368 votos em relação às anteriores legislativas em 2019.
Discurso direto
“O voto que dê força ao BE garantirá duas coisas: que a direita não chega ao poder e fazer com o que o PS não faça do Governo uma central de negócios como tem feito com a maioria absoluta, um país justo para quem cá vive e tenha futuro para quem queira continuar a viver cá. Deixar evidente que os últimos dois anos foram de maioria absoluta, o programa do PS são as crises sucessivas na escola, saúde, na habitação no salário, também no clima, precisamos de mudar de vida, o BE tem força para mudar as políticas se assim a população tiver, a maioria do PS não serviu, o BE é a esquerda que ele em Aveiro, voto útil é no BE” – Nelson Peralta.
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