As autarquias de Aveiro e Águeda vão ser recebidas pelo ministro das Infraestruturas, em audiência já agendada, para ficarem a par do novo plano que estará a ser preparado para construir uma ligação rodoviária entre os dois concelhos, uma reivindicação antiga.
“O Governo vai apresentar uma proposta, aguardamos o que é em termos técnicos, financeiros e de cronograma”, informou o presidente da Câmara aveirense ao intervir na reunião pública do executivo, esta quinta-feira à tarde.
Nos últimos meses, Aveiro decidiu não esperar pelo Governo e incluiu na revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) um troço de oito quilómetros para o novo acesso intermunicipal, mostrando disponibilidade também para assumir os encargos, enquanto que Águeda concordou em seguir o exemplo do seu lado.
O assunto foi suscitado pelo vereador do PS Oliveira de Sousa a propósito das informações transmitidas recentemente pelo ministro na Assembleia da República, que ao responder a uma deputada do PSD, garantiu ter uma solução.
“O presidente diz que a Câmara poderá avançar com a construção no âmbito da CIRA. Como a viabiliza, nomeadamente tendo em consideração o que diz o estatuto das estradas, da rede rodoviária nacional, como fará respeitando a lei em vigor ?”, questionou o eleito socialista.
“O Governo surge de novo a querer ser parte da solução de um velho objetivo da região que da nossa perspetiva elegível para financiamento, embora o anterior ministro Pedro Marques discordasse disso”, respondeu Ribau Esteves
“Vamos para a reunião com espírito aberto e construtivo, esperando coisas objetivas, porque estamos fartos de falar do Aveiro-Águeda, que já teve muitos traçados e mil formas de financiamento. Não vamos com postura meramente reivindicativa, porque agora fazemos. Já chega de conversa e boas intenções”, sublinhou o edil.
Discurso direto
“Afinal o ministro não se enganou, como o presidente da Câmara disse. Ainda bem que a ligação vai por diante, o que tantos ambicionam. Não houve engano, a responsabilidade é partilhada e deseja-se que seja concluído com sucesso” – Manuel Oliveira de Sousa.
“Entendi que a resposta que o ministro deu na Assembleia da República a uma deputada, dando nota que tinha uma ideia, uma proposta para apresentar às Câmaras de Aveiro e Águeda não tinha sido de forma alguma precedida de diligência a dizer-nos que queria marcar uma audiência. Enfatizei que o membro do Governo tem uma proposta, só tem de a mandar ou marcar uma reunião” . Ribau Esteves.
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