Ministério do Ambiente disponível para financiar limpeza do Rio Cértima

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Rio Cértima.

O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, “comprometeu-se com os municípios de Oliveira do Bairro e de Águeda em disponibilizar o acompanhamento técnico e uma comparticipação financeira” para intervir no Rio Cértima, onde existem problemas de assoreamento e têm ocorrido, nos últimos tempos, despejos de efluentes poluidores.

O apoio será feito através do Fundo Ambiental para apoiar intervenções das duas autarquias, na sequência de mais um episódio de aparecimento de peixes mortos e de uma evidente degradação ambiental.

A informação é dada num comunicado conjunto das autarquias, adiantando que “esta disponibilidade do Governo” vem na sequência dos contactos estabelecidos pelos autarca junto das autoridades competentes, “manifestando a sua profunda preocupação com a poluição e degradação ecológica do rio.”

Os presidentes das Câmaras de Águeda e Oliveira do Bairro estiveram reunidos, no passado dia 26 de julho, com o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, e com o Diretor Regional da Administração da Região Hidrográfica do Centro, Nuno Bravo, tendo visitado a zona mais afetada do Rio Cértima.

A 30 de julho, os líderes municipais reuniram com os presidentes das juntas e uniões de freguesia de Barrô e Aguada de Baixo, Fermentelos, Oiã, Oliveira do Bairro, Recardães e Espinhel e Travassô e Óis da Ribeira.

A reunião, que se realizou na Junta de Freguesia de Fermentelos, serviu para definir uma linha de atuação conjunta, “de forma a, por um lado, sensibilizar as autoridades competentes a agirem dentro das suas competências e, por outro, a proporcionarem aos dois Municípios as ferramentas que lhes permitam avançar com as devidas intervenções no Rio Cértima.”

“Os produtores agrícolas locais, também se mostraram disponíveis para participar na melhoria das condições ambientais deste troço de rio”, refere o comunicado.

Identificadas as ações necessárias

Para as autarquias, entre as ações necessárias, salientam-se a remoção de árvores e ramos caídos sobre o leito, a reflorestação com espécies autóctones, a remoção de bancos de espécies invasoras (como por ex. erva-pinheirinha), a remoção de monos e resíduos, entre outros, que prejudicam a livre circulação das águas e contribuem para a degradação do seu estado biofísico e ecológico.

“No que diz respeito aos problemas e focos de poluição a montante, recairá a atenção e fiscalização das entidades competentes, com a aplicação das medidas devidas e consignadas na Lei”, adianta a nota de imprensa.

Sobre o rio Cértima e demais bacia hidrográfica, recaem condições únicas de carácter ambiental e que lhe conferem o estatuto de classificação a nível Europeu, enquanto Rede Natura 2000. Nos últimos anos têm-se registado neste rio episódios de degradação ambiental, “cuja severidade tem aumentado e, recentemente, culminou num evidente crime ambiental, denunciado pela comunidade e entidades locais.”

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