O antigo convento das Carmelitas está a ser alvo de um restauro assumido pelo Ministério da Justiça, beneficiando, sobretudo, uma parte do edificado que é utilizada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal.
Arrancou esta semana o revestimento do telhado com telha cerâmica igual/compatível com a existente, orçado em 60 mil euros.
Os trabalhos localizam-se, essencialmente, ao nível das coberturas que ficaram de fora de uma anterior intervenção mas estendem-se à parte da Igreja de São João Evangelista, uma vez que existe continuidade física.
Segundo informação prestada pela Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC), que ainda tutela o antigo convento, está prevista “uma ligeira” intervenção de conservação e restauro no interior, para reparação de alguns danos causados por entrada de águas pela cobertura.
A Igreja das Carmelitas figura na lista dos monumentos afetos ao processo de descentralização para, à semelhança do que aconteceu com o Museu de Aveiro, passar para a alçada municipal, como tem sido reclamado pela Câmara.
O plano de atividades para 2018 da DRCC inclui os projeto de restauro da Igreja das Carmelitas (200.000 euros) e Museu de Aveiro (1,6 milhões de euros), que têm como promotor o município de Aveiro, sendo ambos a financiar por fundos euros.
Durante a presidência de Élio Maia, o antigo convento das Carmelitas foi alvo de uma intervenção que custou 542 mil euros. Estava previsto ser usado como ‘Casa da Cidadania’ (sede de associações e outros serviços), o que nunca chegou a acontecer, tendo acabado por ser cedido em 2009 ao Ministério da Justiça para fazer regressar o Tribunal Administrativo e Fiscal à cidade.
Pelo incumprimento do destino do projeto, a Câmara, já no mandato de Ribau Esteves, teve de devolver 217 mil euros, a verba comparticipada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).