O treinador adjunto do Beira-Mar assumiu o desalento pelo empate a zero com o Recreio de Águeda este domingo, esperando que a pausa natalícia possa ajudar a refletir sobre o que falhou para entrar em 2020 com o pé direito.
“Queríamos assumir outra vez o segundo lugar, acabar o ano com os três pontos, infelizmente não conseguimos. Agora temos uma pausa, para pensar bem no que temos feito, no que podemos melhorar e dar continuidade para preparar o início do ano com uma vitória”, afirmou Fabeta que esteve no banco a comandar a equipa por ausência de Ricardo Sousa, castigado.
“Não foi um jogo com grandes oportunidades, tivemos duas na segunda parte em que poderíamos ter marcado. Mas temos de dar mérito ao adversário, que defendeu bem, não jogámos sozinhos, são equipas muito competitivas, o Águeda tem o objetivo concreto de andar nos primeiros lugares, trabalhou bem para sair daqui com o empate”, acrescentou Fabeta, afastando uma crise de resultados. “A única equipa que pode dizer que não tem crise de resultados neste momento é o Praiense, todos os outros do segundo até o 12º, 13º, tem tido este tipo de registos. É normal”, referiu.
Sobre a pretensa grande penalidade, ‘ao cair do pano’, o adjunto preferiu não se pronunciar em concreto. “O jogo foi transmitido, cada terá a sua ilação, eu tenho a minha e vou guardá-la para mim”.
Na antevisão da partida, o treinador Ricardo Sousa condicionou a candidatura aos play off a reforços. O seu braço direito explicou que a equipa técnica compreende a necessidade de estabilizar o clube, quando “falta ainda muita coisa” antes de preparar algo acima da divisão atual. No entanto, “devido à qualidade” do grupo, “com dois ou três reforços”, acredita-se que será possível lutar pelos dois primeiros lugares.
“Não estamos de maneira alguma insatisfeitos com o grupo, mas devido às saídas, com esses reforços poderemos ambicionar andar na luta, estamos a analisar as oportunidades”, disse Fabeta, compreendendo que o clube não pode aumentar o seu orçamento.
“Quando recuperámos a bola conseguimos as transições com facilidade” – treinador do Recreio de Águeda
“Uma primeira parte em que não fomos competentes. Quisemos aproveitar a desorganização do Beira-Mar, que privilegia o jogo em posse, exactamente como nós.
Sabíamos que se conseguíssemos bolas entre linhas poderíamos ir para o contra ataque, com clara vantagem. Baixámos o bloco com esse propósito, para o Beira-Mar se expor mais.
O Beira-Mar foi melhor equipa na primeira parte, depois corrigimos. Organizámos a nossa linha média e chegámos mais vezes à baliza, em transições. É claramente uma das fragilidades do Beira-Mar, expõe-se muito com projeção dos laterais ao mesmo tempo, com distância muito aberta dos centrais, a quererem jogar por dentro. Quando recuperámos a bola conseguimos as transições com facilidade. Acaba por ser um jogo não tão bem jogado, mas em termos táticos interessante. Agora nunca joguei para o empate, o ano passado estive no play off. Gostava de estar outra vez, apesar dos recursos serem diferentes e a estrutura ser completamente diferente, provavelmente somos das equipas com menor orçamento da Série C. Fazemos o nosso caminho, será sempre lutar pelos três pontos em qualquer estádio. Hoje conseguimos um. Em casa de um rival, de um candidato, é importante pontuar” – André Ribeiro.
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