O Partido Socialista apoiou desde a primeira hora a manutenção da abertura do mercado de Cacia, durante esta pandemia que nos assola a todos.
Entendemos na altura, tal como agora, que apenas a abertura deveria acontecer para a venda de produtos alimentares, por ser um bem de primeira necessidade, sendo que há muitos Cacienses que, por problemas de mobilidade e deslocação, usam este mercado para se servirem, e também porque é uma forma de todos os que trabalham a terra na nossa Freguesia e produzem estes bens alimentares de terem um meio de os escoar, por forma a mitigar ao máximo as consequências económicas que os tempos últimos lhes trouxeram.
Frisámos que, deveriam ser sempre cumpridas as orientações da DGS por forma a salvaguardar a higiene e segurança de todos os comerciantes e fregueses que se deslocassem ao local. As entradas deveriam ser controladas, os comerciantes deveriam usar máscara e luvas e disponibilizar gel desinfectante junto das suas bancas, os fregueses não deveriam entrar sem máscara e sem usarem gel desinfectante e deveriam manter a distância mínima de segurança para os restantes.
Ao invés da venda por parte da Freguesia, deveria ser disponibilizada de forma gratuita a entrega de máscaras a todos os quantos se deslocassem ao mercado da vila. Entre outras tantas recomendações que são públicas e devem ser seguidas por todos nós no nosso dia a dia.
Se podemos dizer que foram cumpridos os requisitos mínimos durante o Estado de Emergência, já não podemos afirmar o mesmo para o que se passou no mercado no dia de ontem, 7 de Maio, em Cacia.
Estamos em Estado de Calamidade, e como tal, sendo parte integrante do Estado, o Executivo da Junta de Freguesia deve ter a obrigatoriedade de conhecer a lei e acima de tudo, de colocar em prática o que esta diz, sob pena de colocar em causa os resultados que têm sido obtidos na luta contra o COVID-19. E o que a Resolução do Conselho de Ministros nº 33-A/2020, de 30 de Abril, diz no seu Anexo II (a que se refere o artigo 6º), é que autoriza a abertura de “mercados, nos casos de venda de produtos alimentares”.
Vimos por isso opor-nos completamente à abertura do Mercado de Cacia, excepto para a venda de bens alimentares, fazendo cumprir o que diz a lei, a que ninguém está acima, muito menos o Sr. Presidente da Junta, cujas declarações repudiamos, e que para mais, ainda num momento como o que atravessamos, deveria ser o primeiro a dar o exemplo e a incentivar as pessoas a cumprir a lei e a pugnar pela prevenção e controlo da pandemia, o que com atitudes destas não se verifica.
É esta a nossa posição, e que faremos chegar ao órgão máximo da Freguesia, apelando também ao Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia que possa intervir para que na próxima semana não voltemos a ser noticia, pelas piores mas sim pelas melhores razões.
Todos Somos Cacia, eleitos PS na Assembleia da Freguesia
