A Assembleia Municipal da Mealhada aprovou, em sessão ordinária, por maioria, uma moção de protesto à ERSUC, devido ao aumento de custos associados à recolha e tratamento de resíduos e ao facto da ERSUC avançar com a recolha porta-a-porta de recicláveis apenas em Coimbra e Aveiro, de forma gratuita.
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A moção apresentada por André Melo, da bancada do Mais e Melhor – Movimento Independente (MMMI), foi aprovada por maioria e será, agora, enviada à Administração da ERSUC.
A moção refere que o tarifário cobrado aos municípios – e por consequência aos munícipes – “está a aumentar rapidamente” e “vai em breve cruzar a barreira dos 100 euros por tonelada”. “Os munícipes da Mealhada estão a ser onerados enquanto utentes do serviço e não vislumbram qualquer benefício de investimento feito anteriormente”.
A contestação da Assembleia da Mealhada refere-se também à decisão da ERSUC de avançar com a recolha de recicláveis, de forma gratuita, em Aveiro e em Coimbra, “um processo que, segundo a própria administração da ERSUC, tem um custo altíssimo e irrecuperável pela tarifa, representando uma despesa brutal para a empresa”, refere o documento apresentado por André Melo, na sequência de uma reunião com a administração da ERSUC.
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“A mesma administração não apresentou qualquer justificação para a sua decisão. Para levar a cabo esta recolha em Coimbra, a ERSUC investiu aproximadamente 1,5 milhão de euros e ficarão afetos ao serviço cinco viaturas e respetivo pessoal. Em Aveiro, o investimento será semelhante. O Município da Mealhada faz a sua própria recolha suportando os prejuízos deste processo e a sobrecarga nos serviços. Os valores que recebe de compensação da operação de recolha são menos de metade do valor total recebido pela ERSUC pela recuperação e encaminhamento dos resíduos provenientes da recolha seletiva. Estes valores são completamente desajustados e não refletem os custos de cada uma das partes, em claro prejuízo do Município”, sublinha a moção.
Em conclusão, considera-se “inaceitável que a ERSUC faça estes investimentos que beneficiam apenas alguns e custam a todos. É incompreensível que o faça numa altura em que os custos da dívida têm um custo brutal nos resultados da empresa. É imoral que a sua administração não seja capaz de dar uma boa justificação a esta decisão”.
Câmara da Mealhada
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