‘Maré Socialista’ regressa apontada às legislativas

1644
Jorge Vultos, líder distrital do PS de Aveiro.

“Pedimos às pessoas que olhem para os bons exemplos da governação, das medidas, e confiem na nossa capacidade para as colocar ao serviço da população”.

Este foi o apelo deixado pelo líder da Federação Distrital do PS de Aveiro no ‘Maré Socialista’, uma iniciativa partidária retomada este fim-de-semana em Aveiro, após alguns anos de interregno, pelas concelhias de Aveiro, Ílhavo, Ovar, Vagos Murtosa.

Ao intervir na receção aos apoiantes, junto ao cais da Fonte Nova, Jorge Vultos mostrou-se confiante em que a governação do PS possa voltar às quatro primeiras e chegue à última.

O autarca de São João da Madeira destacou, especialmente, o desempenho do PS em Aveiro. “Estamos neste espaço por causa da governação de Alberto Souto. Digam o que disserem, as marcas de qualidade que persistem são do PS, nada de mais relevante foi feito, são factos, por isso o nosso desejo é que nos voltem de dar oportunidade de mostrar o que valemos”, disse.

O presidente da Federação destacou o empenho do PS na requalificação da Ria, o tema que marcou o regresso da ‘Maré Socialista’. “Após décadas de abandono do Governo, finalmente, pela governação do PS, foi lançado um investimento, pelo ministro Matos Fernandes, sistemático, estruturado, que vai ser levado a cabo abrangendo 95 quilómetros de área de intervenção, para qualificar a ria e também importante ao nível da orla costeira”, recordou.

São 17 milhões de euros, com “empreitada lançada, em que não há retorno e o dinheiro está reservado no orçamento”. No próximo mês, serão abertas as propostas que as empresas candidatas apresentaram para a execução. “Temos motivos para estar orgulhosos, para que todo o potencial económico, paisagístico e cultural seja finalmente aproveitado, numa fase de qualificação estratégica que é um grande ativo”, referiu Jorge Vultos.

O presidente da Federação lembrou “o grande potencial” de Aveiro, distrito que “mais contribui para o PIB”, assim como para o conhecimento e ciência pela Universidade de Aveiro, qualificado em termos turísticos, que “tem de ser aproveitado ao máximo”.

“É nosso dever articular as nossas ações e propor as medidas concretas que permitam a valorização o território e a sua população”, afirmou Jorge Vultos já a apontar para as legislativas.

Esse foi tom também da intervenção de Artur Neves, ex-autarca de Arouca e atual secretário de Estado da Proteção Civil. “Não vai haver nenhum desvio. Daqui por um ano, o PS vai renovar uma maioria significativa para continuar a merecer a confiança”, disse.

Discurso direto

“Portugal tem um problema histórico, estrutural, associado a grande parte do território, no interior, muito abandonado, com baixa densidade populacional, é um desafio cada vez maior. Temos dois mil incêndios por milhão de habitantes, é inacreditável. 70% das acções são negligentes. Assumimos que o patamar preventivo teria de ser elevado, para uma mudança de atitude. Portugal mobilizou-se e muito foi feito. Tem de ser continuado, com uma profunda reforma da Proteção Civil e do ICNF” – Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil.