“Os próximos meses geram ainda incerteza face ao contexto da pandemia global, mas estamos optimistas que vamos conseguir, para cumprir o desígnio de desenvolvimento e crescimento com todos os parceiros e atores da comunidade portuária”.
Palavras de esperança deixadas por Fátima Alves, presidente do Porto de Aveiro, a pretexto do arranque do programa comemorativo do 213ª aniversário do porto, que é assinalado a 3 de abril, data atribuída à abertura da barra.
Por força das restrições, o Porto de Aveiro irá divulgar, em várias iniciativas durante abril, através das redes sociais, os seus projetos “mais emblemáticos” e apostas a pensar no desenvolvimento portuário.
A “visão estratégica” traçada pela administração portuária, segundo explicou Fátima Alves,que tomou posse há dois anos, está orientada para “um futuro mais robusto, sustentável, não só económico e ambientalmente, mas também organizacional e socialmente”.
Um ano depois do embate pandémico, surgiram indicadores animadores na atividade do porto. 2021 arrancou com 545 mil toneladas, o janeiro com maior crescimento de sempre.
Os eixos dos investimentos prioritários para a próxima década passam pela melhoria das condições de navegabilidade, o reforço da conetividade marítimo ferroviária e a capacitação da Zona de Atividades Logísticas e Industriais (ZALI).
O porto pretende continuar a preparar-se para corresponder à necessidade de receber navios de maior dimensão e boca, bem como reforçar a segurança e fiabilidade dos serviços.
“Fundamental” é a conclusão da infraestruturação da ZALI (45 hectares em 800 metros de cais). Avançará, ainda, a revisão do terminal intermodal ferroviário, com mais 750 metros de comprimento.
O próximo triénio irá ficar marcado, igualmente, pelo empenho na transição energética e digitalização para Aveiro assumir-se como um ‘green & smat port’.
A ZALI é assumida como “a maior aposta para a expansão do porto”, disponibilizando 14 parcelas a infraestruturar, de primeira e segunda linha de cais, permitindo ter uma oferta “ímpar” no país, com 73 hectares dotados de ligações maritimo ferroviárias e condições de maior competitividade, incluindo cais privativos.
A ambição é tornar a ZALI “a primeira zona industrial de carbono zero” em 2050, para além de aumentar o investimento privado, reforço das exportações e a criação de novos postos de trabalho.