“Um festival que assume a luz como elemento central na sua construção enquanto evento de peças e objetos artísticos”. É assim que o diretor do Teatro Aveirense, apresenta o ‘Prisma – art light tech’ que tem a sua estreia na cidade sexta e sábado, prevendo-se a realização anual.
O que tem, afinal, de diferenciador em relação a outras iniciativas do género ? “O vídeo mapping, as instalações e peças interativas com o público, numa relação entre tecnologia, luz e outras áreas, como o desenho”, explica José Pina.
A luz é “o elemento nuclear” do Prisma que desafia o público“à (re)descoberta da cidade” através de instalações artísticas em uma dezena de locais que estarão acesas após o anoitecer, com acesso livre.
O festival surge “numa lógica de oferecer ao plano cultural de Aveiro mais um evento que seja agregador, diferenciador na agenda regional e nacional, juntando a dimensão artística, a cultura e arte com a tecnologia” que não por acaso surge por estes dias, decorrendo “enquadrado na semana em que a tecnologia é o ponto de ligação com tudo que acontece em Aveiro”, uma vez que coincide com os Techdays e o Criatech.
“Teremos obras, mapping, instalações, performances e música numa abrangência com um lado muito particular, visto que são projetos encomendados e pensados a partir da geografia, em alguns casos estreias, todos eles em estreia nacional, com percursos pela cidade que permitem ter outro olhar e usufruto de aspetos que por vezes passam ao lado de quem vive ou visita”, explicou José Pina.
As apresentações dizem respeito a artes visuais, artes plásticas e vídeo que interagem com o público.
Há, por exemplo, “um outro olhar” do coreto do parque da cidade, com uma instalação interativa muito poética. Ali próximo, estarão plantadas cinco mil colheres de luz na Baixa de Santo e os campos de ténis são palco de outras criações.
Os dez pontos de fruição da luz espalham-se por um circuito aberto que passará por lugares como a Praça da República, o Parque de Santo António e o Museu da Aveiro, por exemplo, incluindo os canais da ria de Aveiro.
Artistas e criativos integram o Prisma, vindos de países como Japão, Alemanha, Checoslováquia e França. A presença nacional resulta de uma residência artística. A animação inclui ‘uma batalha de sketchers digitais’ na Praça da República e a actuação de música clássica em interação com a luz no coreto do Parque Infante D. Pedro.
Programação em https://prisma.aveiro.pt/#programacao