Um cidadão luso-americano afastou o envolvimento num assalto à única dependência bancária da praia da Torreira, na Murtosa.
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“Não fui eu, mas não quero falar sobre isso”, afirmou no início do julgamento o indivíduo de 53 anos, residente em Estarreja, que está atualmente detido por crimes idênticos.
Imagens da vídeo vigilância obtidas pela GNR mostram um homem no interior da agência bancária, durante a noite, a remexer em armários. Quando o alarme ‘disparou’, fugiu do local, sem furtar nada.
O arguido também não quis falar de uma outra tentativa de furto, durante a madrugada, a um estabelecimento comercial no mercado da Murtosa, que terá, igualmente, abortado quando foi surpreendido por um popular. “A testemunha é que tem de dizer se me viu”, afirmou.
Dos três crimes imputados, o homem acabou por confessar, apenas um, e mesmo assim, parcialmente. Em causa, o assalto a uma firma de transportes, na Zona Industrial do Bunheiro. O arguido ressalvou que, apesar de se encontrar na noite do furto “alcoolizado e sem norte’, limitou-se a levar “não mais de 10 maços de tabaco da máquina e umas moedas” que existiam. “30, 40 euros para mim chegava”, disse. Negou, por isso, a parte da acusação em que lhe é imputado o furto de tabaco no valor de 740 euros, notas de uma caixa registadora (70 euros), o monitor desta, assim como um par de calças. O indivíduo acabaria por deixar vestígios de sangue no local do assalto, uma vez que sofreu um corte numa mão ao arrombar a entrada nas instalações.
No mesmo processo que começou a ser julgado esta quarta-feira, um comerciante, que está acusado de recetação, por alegadamente ter comprado o monitor furtado por 25 euros, remeteu-se ao silêncio.
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