No PSD, internamente, algumas estruturas distritais e locais estão a digerir mal as listas de candidatos à Assembleia da República nas eleições a 6 de outubro. Aveiro não é exceção, com informações que apontam para baixas na comissão política distrital (CPD).
Henrique Araújo, secretariado adjunto na distrital, anunciou hoje que decidiu colocar o lugar à disposição, focando-se na atividade partidária de Ovar, onde é vice-presidente da concelhia. Está disponível, também, para continuar como adjunto do presidente da Câmara, Salvador Malheiro, que é o líder distrital do PSD.
“Não aceitei abraçar nenhum projeto Nacional do PSD, e vou colocar à disposição o meu mandato que tenho na CPD do PSD de Aveiro e naturalmente desejo os maiores sucessos a estrutura Nacional e Distrital mas estou apenas disponível para continuar o projeto político e partidário do PSD de Ovar, é aqui que eu quero estar, é aqui que sinto que tenho obrigação e dever de estar, e enquanto os militantes no seu todo assim o entenderem eu estarei”, refere numa comunicação partilhada nas redes sociais.
No rescaldo do Conselho Nacional de terça-feira, surgiram notícias de outras duas demissões em Aveiro, nomeadamente de Rui Vilar, líder da concelhia de Arouca, e Álvaro Ferreira, vice-presidente da estrutura de Oliveira do Bairro.
O dirigente arouquense pediu mesmo para não integrar a lista de candidatos por não surgir em posição elegível, como refere uma notícia do jornal RodaViva.
Em declarações ao Diário de Aveiro (notícia não disponível online), Salvador Malheiro admitia que o processo de formação da lista “é extremamente doloroso” para “satisfazer as pretensões legítimas de todos”, considerando “natural” que surja “alguma insatisfação”. Garantiu, ainda assim, o “máximo de equilíbrios possíveis” para ir ao encontro dos critérios (renovação,competência, distribuição territorial e lealdade ao projeto nacional).
(em atualização)
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