Legislativas’25: Chega quer “ganhar o distrito” / Montenegro confia na “maioria dos votos” / Pedro Nuno deseja “concentrar votos” no PS

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Assembleia da República.

Os partidos que mais deputados elegem por Aveiro guardaram para o último dia a entrega de listas candidatas às eleições legislativas antecipadas.

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O Chega não faz por menos nos objetivos traçados, acreditando que pode tornar-se o partido mais votado no distrito: “ganhar é ficar à frente” assumiu Pedro Frazão. O vice-presidente do partido que a direção nacional colocou em número um pelo círculo eleitoral de Aveiro mostrou-se “entusiasmado e de coração aberto”. Na lista, seguem-se Maria José Aguiar e Armando Grave, deputados que integraram a lista há um ano. Já Jorge Valsassina Galveias, que foi cabeça de lista, eleito deputado duas vezes por Aveiro, rumou a Évora.

Pedro Frazão assume que Aveiro “reveste-se de importância ainda maior”, uma vez que Luís Montenegro (AD) aparece como cabeça de lista, a par de Pedro Nuno Santos, que é uma vez mais número um do PS.

O “enorme trabalho” das estruturas locais do Chega, que passou de um para três deputados há um ano, leva Pedro Frazão a encarar “com responsabilidade” a tarefa, mas também uma “esperança ponderada”, acreditando num resultado histórico: “podemos ganhar”, referiu.

A abolição total das portagens nas auto-estradas continuará a ser um dos compromissos do partido, que promete confrontar AD e PS com a manutenção dos pórticos na cidade e região de Aveiro, a par de “questões de saúde muitas preocupantes”, sem esquecer outras ‘bandeiras’, como é “o combate à corrupção que desvia dinheiro dos contribuintes”.

Discurso direto

“Tenho uma vantagem estratégica relativamente aos outros cabeças de lista, é que, sendo também uma figura nacional, tenho a certa certeza que vou estar cá, no terreno”– Pedro Frazão, Chega.

Ouvir declarações de Pedro Frazão abaixo ou pelo link aqui.

 

“Queremos governar tendo mais votos que os outros” – Luís Montenegro

Luís Montenegro chegou ao Palácio de Justiça de Aveiro a treinar para as arruadas, cumprimentando as pessoas e seguido por uma extensa comitiva, entre candidatos a deputados e autarcas em funções e alguns deles recandidatos ou mesmo candidatos pela primeira vez, como Luís Souto, escolha do PSD para a capital do distrito, o que contou com a oposição do atual edil, Ribau Esteves, que, apesar disso, também foi dar um abraço ao líder do partido.

“São listas vencedoras, fizemos esta entrega com redobrada confiança, representam o distrito e uma proposta política que dá aos portugueses as melhores soluções para os seus reais problemas, que os portugueses reconhecem que fomos concretizando nos últimos 12 meses”, começou por referir o presidente do PSD que encabeça a candidatura pelo círculo do distrito, reencontrando-se com as suas raízes, uma vez que vive em Espinho, onde sempre manteve, também, a ‘base’ da vida profissional que gerou polémica e motivou a demissão do Governo, provocando novas eleições.

Montenegro reclamou os méritos da ‘obra feita’ no último ano, desde “a diminuição dos impostos, ao aumento de rendimentos de quem trabalha e das reformas”, bem como ir ao encontro de quem espera serviços públicos “mais eficientes” (da saúde, à educação, à mobilidade e habitação), “por quem espera mais riqueza e possa depois distribuí-la”, apontando uma “grande diferença” para o que PS propõe: “Temos o objetivo de criar mais riqueza para redistribuí-la de forma equitativa e justa, o PS propõe distribuir sem criar, é o caminho para o empobrecimento. Tivemos isso no passado, que nos trouxe dificuldades, mais imigração dos nossos jovens. Os portugueses podem escolher por dois caminhos alternativos para as pessoas tomarem as suas opções”.

O Primeiro-Ministro demissionário remeteu para a apresentação do programa do PSD-CDS, no final da semana, a oportunidade de “comparar o efeito das políticas”,, defendendo a baixa do IRC para dinamizar a atividade empresarial em contra ponto ao PS que ter “uma visão errada do que é criar a riqueza para a distribuir”.

Montenegro apontou para uma vitória eleitoral que permita governar em maioria, sem qualquer aproximação do tipo ‘Bloco Central’ ou uma “solução de governo” por via de entendimentos com o Chega.

Discurso direto

“Só reassumirei as funções de Primeiro-Ministro se vencer as eleições, queremos a legitimação do voto popular para executar o programa e a maioria dos votos dos portugueses. Queremos governar tendo mais votos que os outros, estou muito confiante” – Luís Montenegro.

Ouvir declarações de Luís Montenegro abaixo ou pelo link aqui.

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“Derrotar a AD, formar Governo e encerrar um capítulo de suspeição” – Pedro Nuno Santos

Pedro Nunos Santos apresentou-se, igualmente, “muito confiante” nas listas do partido como também na adesão dos portugueses programa eleitoral que teve já as suas ‘linhas força’ reveladas. Depois de ouvir as reações dos outros partidos, o secretário-geral do PS disse ter ficado “com a convicção clara” que o programa “é muito bom”.

“Um queixaram-se que era caro, mesmo apresentando uma redução do IRC que custa sensivelmente o mesmo que as nossas medidas; outros disseram que era eleitoralista, o que em política significa que as medidas são boas; e outros disseram que eram medidas suas há mais anos, o que significa que concordam”, declarou após a entrega da lista de candidatos por Aveiro.  Pedro Nuno Santos vincou a importância de apresentar um programa que “vá ao encontro das necessidades das pessoas”, como o PS, garantiu, está a fazer.

O secretário-geral socialista aproveitou para comentar as críticas de Luís Montenegro, que o antecedeu na entrega da lista, considerando “bom” a existência de programas com “abordagens tão diferentes”, para os portugueses poderem decidir. “Quem acha que se deve pegar em 1,500 milhões de euros e dar a uma minoria da população vota na AD, quem acha que é melhor investido nas famílias e pessoas, em baixar o custo da carne, do peixe, do leite, do azeite, da luz, gás e automóvel vota no PS, que tem um programa ao encontro das pessoas que precisam de reduzir o custo de vida elevado. É um programa que responde a todos, a AD responde a meia dúzia”, declarou.  Pedro Nuno Santos lembrou, a propósito, que “o IRC não impediu recordes de lucro” das grandes empresas em 2023 e 2024. “Ainda que bem que se pode perceber quem está em primeiro lugar para o PS e para o PSD”, voltou a insistir, defendendo que o recurso a receitas do Estado para diminuir os custos das famílias não é empobrecer o País.

Discurso direto

“Nós vamos trabalhar para ganhar as eleições, é o nosso grande objetivo. É importante concentrar os votos no PS para derrotar a AD, formar Governo e encerrar um capítulo de suspeição sobre um líder do Governo” – Pedro Nuno Santos.

Ouvir declarações de Pedro Nuno Santos abaixo ou pelo link aqui.

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