A campanha das eleições legislativas antecipadas de 2024 por força da ‘queda’ da maioria absoluta do PS chega ao fim, cabendo aos eleitores, no próximo domingo, ditar uma nova composição da Assembleia da República, de onde sairá o próximo Primeiro-Ministro que irá formar Governo.
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Ouvem-se os derradeiros apelos ao voto, que é por muitos protagonistas apelidado como “útil”, procurando, assim, influenciar, as tendências adivinhadas em sondagens e afins do que será o ‘sentimento’ do eleitorado, até agora a gerar expetativas mais favoráveis à AD, num desfecho que, por esta altura, coloca muitas interrogações, também, quanto ao ‘dia seguinte’, no que toca a garantir a chamada “governabilidade”, sendo que tais cenários, por estes dias abordados em termos gerais ou mesmo esquivos, só ficarão assumidos, mais claramente, após se conhecer a composição de forças clarificada pelo escrutínio.
A campanha no distrito de Aveiro, não passou ao lado das grandes discussões políticas do momento, com maior visibilidade nos dias de campanha em que os candidatos locais dos partidos e coligações tiveram ao seu lado os respetivos líderes na disputa pelos 16 deputados ‘em jogo’.
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PS teve “reações foram francamente positivas na generalidade dos casos”
O PS, onde Pedro Nuno Santos, agora Secretário-geral, manteve o primeiro lugar da lista de candidatos pelo círculo eleitoral de Aveiro, chegou aos oito mandatos em 2022 por força da maior votação. Filipe Neto Brandão, que volta a ser número três, diz que não encontrou contestação nas ruas devido aos “contornos” da interrupção da legislatura, pelo contrário ouviu “reações foram francamente positivas na generalidade dos casos”, mercê da “apreciação positiva do desempenho do Governo, no tocante a políticas com impacto na vida das pessoas”, que, acusa, a oposição desvaloriza por motivos evidentes.
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“Luís Montenegro é o único que se mostra verdadeiramente preparado”.
A Aliança Democrática voltou a coligar PSD-CDS-PPM. Há dois anos, o PSD chegou aos sete deputados. O CDS foi o sexto partido em número de votos, perdendo o seu eleito pelo distrito. Emídio Sousa, cabeça de lista, é um dos vários autarcas em fim de mandato que a AD procura capitalizar votos nas legislativas. O ex-presidente feirense ocupou o primeiro lugar que poderia ter sido de Luís Montenegro, líder do partido, natural de Espinho, não tivesse este optado por Lisboa. Em jeito de balanço da campanha, destaca “a vontade de mudança, que sente-se claramente junto das pessoas”, sem entrar em grandes entusiasmos. “Vamos escolher o Primeiro-Ministro e Governo, só há dois partidos nessas condições, mas Luís Montenegro é o único que se mostra verdadeiramente preparado”. Já “quanto aos deputados”, Emídio Sousa diz que “a AD faz a diferença porque tem “profundos conhecedores do seu território”. O cabeça de lista acredita que a AD irá encontrar condições de governabilidade “caso a caso”, mas, antes disso, espera que o eleitorado mais próximo, não se deixe atrair por outras forças, especialmente o Chega.
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“Tivemos uma recetividade francamente boa”
O Chega conquistou em 2022 o seu primeiro deputado por Aveiro, Jorge Valsassina Galveias, que tem sido o mais otimista, antevendo um crescimento exponencial da base eleitoral do partido de André Ventura e, consequentemente, em levar companhia do distrito de Aveiro para a Assembleia da República.
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Nos restantes partidos com representação parlamentar na legislatura que agora termina, o Bloco de Esquerda luta por voltar a ter eleitos pelo distrito (perdeu, de uma só vez, dois deputados há dois anos). Fazer subir as votações, contribuindo para um melhor resultado nacional, são as aspirações realistas de partidos como a IL, CDU, PAN e Livre.
Discurso direto
“O BE é o único partido à esquerda do PS que tem reais possibilidades de eleger pelo distrito de Aveiro” – Moisés Ferreira (BE)
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“BE está mais forte porque maioria absoluta do PS lançou País para várias crises” – Moisés Ferreira
“Se fizermos parte do Governo iremos garantir que há mudança, integrando um Governo AD ou através de iniciativa de âmbito parlamentar, com medidas a sério” – Mário Amorim Lopes (IL).
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“Não acredito em votos de protesto, mas sentimos pessoas defraudadas, que vinham de melhorias, muito por propostas do PCP” – Joana Dias (CDU).
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“Há causas que não têm de ser de esquerda ou direita. O voto no PAN faz toda a diferença. Com um deputado manifestámos capacidade de trabalho, com um grupo parlamentar podemos levar assuntos que raramente são levados” – Ana Gonçalves (PAN)
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