Larápio alega não se recordar de dezenas de assaltos devido a medicação

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PSP (foto de arquivo).

Um homem atualmente detido acusado por quase três dezenas de assaltos, alegou hoje no início do julgamento no Tribunal de Aveiro não se recordar dos furtos devido à medicação que tomava na altura.

O arguido de 55 anos disse que terá atuado em apenas duas das 27 situações com outros dois homens (19 e 51 anos), que respondem cada um por um crime em co-autoria (um dos quais está detido). O único que falou confessou o envolvimento no assalto a uma lavandaria self service, mas não confirmou o valor do dinheiro furtado.

Os assaltos em julgamento referidos no processo ocorreram entre 2017 e 2018.

Os alvos eram residências e estabelecimentos diversos do concelho de Aveiro, em vários casos visando máquinas de pagamento automático como as existentes em lavandarias self service.

Além de dinheiro, terá subtraído jóias, eletrodomésticos, equipamentos diversos e inúmeras vezes botijas de gás, entre outros artigos, assim como um velocípede elétrico e uma viatura levada do parque da estação da CP, causando prejuízos e perdas superiores a 7 mil euros.

Num supermercado, chegou a ameaçar a funcionária com uma navalha quando foi surpreendido a tirar dinheiro da caixa registadora, o que lhe valeu um crime de violência após subtração.

O arguido terá assaltado também uma gasolineira em S. Bernardo, com a viatura furtada que usou para partir as portas de vidro, abandonando após fugir do local.

O indivíduo, que é também acusado de múltiplos crimes de introdução em local vedado ao público, alegou que na altura era viciado em droga (heroína e cocaína), não tendo memória de fazer os furtos, porque tomava medicação.

“Eram dois comprimidos que faziam esquecer, pode ver isso na farmácia. Acordava de manhã, com tabaco e moedas, e não sabia de onde tinha vindo aquilo”, disse para não conseguir alegadamente, explicar os furtos em concreto. “Não sei como aconteceu”, insistiu.

Admitiu, contudo, que “roubava” para conseguir dinheiro necessário a sustentar a toxicodependência. “Isso não posso negar”, referiu, alegando que podia gastar 500 euros por dia em droga.

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