O Laboratório de Saúde Pública de Aveiro desempenha funções importantíssimas na promoção da saúde, na prevenção da doença, na vigilância epidemiológica e no controlo de doenças contagiosas.
É ali que se fazem as análises a amostras de água para consumo humano e que se testam águas balneares e outras; é ali que se analisam amostras de alimentos servidos em cantinas de infantários, escolas e lares e ao teor de sal em vários alimentos; é o Laboratório de Saúde Pública que testa a presença de legionella em hospitais e espaços públicos e é este laboratório que faz os testes de tuberculose, permitindo uma sinalização rápida de pessoas doentes, assim como da vigilância de outras pessoas potencialmente expostas.
É fácil perceber por esta breve descrição a importância do trabalho que é desenvolvido neste laboratório.
Mas para além da qualidade, existe a questão da quantidade. Ali fazem-se milhares de análises anualmente para garantir a qualidade da água que abastece as casas, a qualidade das águas balneares, a qualidade da alimentação, a ausência de legionella em espaços públicos ou o controlo de doenças como a tuberculose.
Acresce a isto que o Laboratório em causa serve toda a zona do distrito de Aveiro pertencente ao ACES Baixo Vouga e ainda os distritos de Viseu, Coimbra e parte do distrito de Leiria. Aqui trabalham apenas 5 profissionais!
Há cerca de 15 anos, eram 12 os profissionais, principalmente técnicos de análises clínicas. Com o passar do tempo e com o encerramento de outros laboratórios distritais, a área de influência cresceu, o trabalho aumentou e o número de profissionais diminuiu para menos de metade.
Os profissionais estão assoberbados e dizem que poderiam desenvolver mais ações ou dar mais respostas do ponto de vista da saúde pública se tivessem mais recursos. O principal é, como está patente, o aumento de recursos humanos, mas também existe a necessidade de renovação de equipamentos. Esta é uma área com muita incorporação tecnológica e em que a inovação é muito rápida, pelo que é evidente que o investimento em equipamento é uma exigência e uma necessidade constante. Esse investimento não acontece há vários anos…
Os deputados do BE, Moisés Ferreira e Nelson Peralta questionaram o Governo. Ler aqui.
Bloco de Esquerda