Justifica violência doméstica com misturas de bebida e comprimidos

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Tribunal de Aveiro.
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Um homem julgado em Aveiro por violência doméstica atribuiu os maus tratos físicos e psicológicos infligidos à companheira a problemas de alcoolismo associados ao consumo de medicamentos.

O arguido começou a ser julgado esta segunda-feira por um caso de agressão e ameaças ocorrido no final do ano passado, quando seguia de carro com a ofendida, no lugar de pendura, ao circularem em Avelãs de Caminho, Anadia, concelho onde residem.

Segundo a acusação, depois de esmurrada na face, a mulher parou a marcha e fugiu para a estrada a pedir ajuda, tendo sido socorrida por um condutor, que ainda foi a tempo de impedir o homem de desferir pontapés.

O arguido confirmou a discussão e a agressão, dizendo, contudo, que limitou-se “a dar uma chapada” e que também terá sido atingido do mesmo modo. Negou, ainda, as ameaças de morte relatadas pelo popular.

Em janeiro deste ano, a GNR foi chamada de madrugada à residência do casal, depois da companheira ter pedido ajuda a uma vizinha, queixando-se do arguido a ter agarrado com as mãos nas costas e pescoço.

A patrulha compareceu no local evitando agressões. No entanto, o indivíduo, em visível estado alcoolizado, insurgiu-se contra os militares, arranhando um deles na face. Motivo pelo qual responde também por ofensas à integridade física e injúrias.

Perante o tribunal, o arguido disse que tinha bebido “três garrafas e vinho e tomado medicação”, não se recordando “de nada” para além do “desentendimento” com a GNR, que o levou a ser detido.

O homem, operário indiferenciado, referiu que foi obrigado pela companheira a sair de casa várias vezes, mas acabavam por fazer as pazes. Hoje, segundo disse, mantém uma relação de “amiga” com a ofendida.