Juíza censura arguidos por falta de “noção da gravidade do problema da droga”

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Palácio de Justiça, Aveiro.
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Três homens foram condenados, esta segunda-feira, no Tribunal de Aveiro por tráfico de droga com penas de prisão de 4 anos e dois meses (2) e um ano e seis meses, que ficaram suspensas por iguais períodos. Entre as várias obrigações que terão de cumprir para não cumprirem tempo de cadeia faz parte a abstinência de consumo de estupefacientes.

As penas mais ‘pesadas’ recaíram nos dois arguidos residentes em Cortegaça, Ovar, que montaram uma estufa para cultivar cannabis que depois traficavam. Um terceiro indivíduo, que não tinha a ver com a plantação, foi condenado por tráfico de menor gravidade.

Na leitura resumida do acórdão, a juíza presidente do coletivo censurou a postura em tribunal dos homens a quem foram apreendidas 13 plantas de cannabis, uma vez que, apesar de terem confessado grande parte dos factos imputados, desvalorizaram a atividade a que se dedicaram.

“Foram sócios, cultivaram juntos elevadas quantidades. Não tinham consciência do problema da droga, que leva a tantos crimes ? Ouviram aqui os consumidores, vossos clientes, viram a condição social de muitos deles, as consequências do tráfico na sociedade. Não tinham noção da gravidade ?”, insistiu a magistrada em jeito de pergunta retórica.

A dupla foi detida pela GNR em setembro de 2021 no âmbito de uma investigação de dois meses. Além de droga (13 plantas de canábis), a GNR apreendeu ventoinhas (5), transformadores (5) balastros (5), lâmpadas UV (4), relógios temporizadores (2), telemóveis (2), tesouras de corte (2), assim como duas estações meteorológicas (controladores de temperatura) e vários fertilizantes.

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