O suposto cabecilha de um grupo que fazia roubos a jovens em Oliveira do Bairro foi condenado pelo Tribunal de Aveiro a três anos e meio de cadeia, pena que o coletivo de juízes decidiu suspender. Para não incorrer em tempo efetivo de cadeia, terá de cumprir as obrigações do regime de prova a definir.
O arguido, de 18 anos, que faltou sem justificação à leitura do acórdão, beneficiou do regime especial para jovens e não possuir outros antecedentes criminais.
Estavam em causa neste julgamento três roubos, que o tribunal deu como provados, de que foram vítimas estudantes da localidade.
O agora condenado foi o único elemento do grupo que as vítimas conseguiram reconhecer dos assaltos com recurso a ameaças e até agressões.
Os factos remontam a 2017. O primeiro roubo levado a julgamento ocorreu junto ao campo de futebol da localidade. Os autores surpreenderam um jovem, obrigando-o a entregar o telemóvel de gama alta e 15 euros.
Colocada a par do assalto, a GNR conseguiria identificar o arguido e recuperar o telemóvel. O grupo continuaria ativo atuando, pelo menos, em mais duas ocasiões.
No caso mais violento, invadiram uma casa onde estava outro grupo de jovens e sob ameaça de navalha exigiram droga e dinheiro. No meio da confusão, um rapaz foi ‘picado’, sofrendo ferimentos num mão.
O terceiro roubo diz respeito a um jovem que foi abordado quando seguia a pé. A vítima ainda tentou resistir, acabando por ser apedrejada na cabeça para que os assaltantes conseguissem agarrar a mochila.
O tribunal não conseguiu fazer prova que o arguido tivesse sido o autor de qualquer uma das agressões.