Uma dupla que esteve muito ativa em roubos à mão armada em lojas de conveniência de postos de combustiveis e cafés na região de Aveiro, entre novembro de 2016 e março de 2017, confessou integralmente os factos imputados.
Os arguidos, irmãos, atualmente presos, assumiram a autoria de seis roubos consumados sob ameaça de uma caçadeira de canos serrados que viria a ser apreendida na residência durante buscas da GNR.
Os indivíduos, já condenados por crimes idêntidos é ainda com diversos outros processos pendentes, são acusados ainda três crimes de falsificação, relacionados com a utilização de matrículas falsas nas viaturas usadas nos assaltos.
Além de confessarem, os arguidos, com idades a rondar os 30 anos, mostraram-se arrependidos.
“Se pudesse voltar atrás não fazia isto. Não sabia o que era a cadeia, se soubesse não tinha assaltado. Já deu para pensar, não compensa”, referiu o homem que habitualmente empunhava a caçadeira para conseguir que lhe fosse dado dinheiro.
Os roubos foram justificados pela falta de dinheiro para fazer face a despesas familiares. O pai dos arguidos estava à data preso, tendo entretanto falecido a cumprir pena. “Eu estava desempregado, a minha mãe passava necessidades, era para pagar a renda, água, luz e comer”, explicou o ladrão que entrava nas gasolineiras e cafés encapuzado a exibir a arma de fogo.
O irmão que conduzia ficava à espera. Negociante de automóveis, também justificou os assaltos por dificuldades financeiras. “Estou bastante arrependido, tenho uma filha para criar”, disse.
Os factos agora levados a julgamento em Aveiro dizem respeito a roubos a gasolineiras e cafés de Albergaria-a-Velha e Águeda de onde foram levadas quantias em dinheiro das caixas registadoras ou malas, sempre na ordem da centena, duas centenas ou mesmo quatro centenas de euros por cada investida, totalizando cerca de 1500 euros.
Num julgamento recente, também realizado em Aveiro, os irmãos foram condenados a três anos e nove meses de prisão por roubo a uma gasolineira em Albergaria-a-Velha. Um deles já cumpre tempo de cadeia, o outro aguarda recursos.
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