O presidente da Câmara de Aveiro defendeu a opção de aproveitar a revisão do Programa de Ajustamento Municipal (PAM) para garantir “um fortíssimo aumento do investimento”, considerando a medida “muito mais democrática” do que baixar o IMI para 0,4 e o regresso do IMI familiar.
“Reduzir o IMI é só para 40 por cento das pessoas, o investimento é para todos, dirige-se a todos os nossos concidadãos”, vincou Ribau Esteves ao intervir na Assembleia Municipal, esta quarta-feira à noite, na discussão da proposta final, já autorizada pelo Fundo de Apoio Municipal (FAM), que altera o programa de saneamento financeiro.
O documento seria aprovado por maioria, com os votos contra do Bloco, de grande parte dos eleitos do PS, com exceção do autarca de Eixo-Eirol, que se absteve a par dos vogais do PCP e PAM.
A bloquista Rita Batista notou “melhorias”, ainda que assumidas com uma “estratégia errada” por traçar “políticas com cunho da austeridade”.
Para o porta voz do PS, Francisco Picado, a Câmara “perdeu a oportunidade” de seguir uma “posição intermédia, que podia ter sido acautelada para reduzir impostos”.
O PCP, por intermédio de Ana Maria Valente, também pediu formas de “no futuro próximo ter uma carga fiscal mais aliviada e tornar o município mais atrativo”.
Rui Alvarenga, do PAN, fez “o reconhecimento do esforço” camarário, mantendo “muitas reservas quanto à estratégia” e mesmo “dificuldades em perceber a visão”.
À direita, Jorge Greno, do CDS, considerou os ganhos da revisão, nomeadamente em antecipar a previsão de reequilíbrio financeiro em seis anos, “uma performance notável”.
Pela bancada do PSD, Filipe Tomaz, disse que a revisão está “cheia de boas notícias”, após “restruturar uma situação calamitosa”.
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