A Plataforma Multimodal de Cacia, em Aveiro encontra-se, há vários meses, desativada.
A Administração do Porto de Aveiro (APA) devolveu, no início do ano, o equipamento à Infraestruturas de Portugal (IP), fazendo, tudo indica, cessar o acordo de exploração de 30 anos que remontava ao início de 2009, aquando da entrada em operação.
Uma decisão que resultará de problemas estruturais graves que ´a dona´ da plataforma não resolveu, deixando-a sem condições de cumprir o objetivo para que foi construída.
O movimento de contentores a cargo de operadores logísticos que resta está a ser feito em terminais portuários, beneficiando da ligação pelo ramal ferroviário.
O conselho de administração do Porto de Aveiro, atualmente presidido por Olinto Ravara, a aguardar nomeadação de nova equipa, não presta declarações sobre o assunto.
Há várias semanas que NotíciasdeAveiro.pt procura obter um esclarecimento da IP, aguardando a resposta sobre aquele que foi considerado dos investimentos nacionais ´bandeira´ na área da logística e transportes.
A plataforma multimodal (marítima, rodo e ferroviária), que custou 12,1 milhões de euros, tem uma área total de 9,8 hectares, dos quais 6,3 destinados à fixação de actividades logísticas e à realização de operações ferroviárias de carga/descarga.
À data da inauguração, foi noticiado que o Porto de Aveiro teria de pagar 200 mil euros anuais pelo uso do interface, inicialmente com descontos mas na totalidade a partir do quinto ano de exploração.
O grupo MSC, líder em Portugal do tráfego de contentores, chegou a instalar na plataforma uma filial, a MSC – Terminal de Aveiro. Pelo menos uma segunda empresa também esteve a explorar a atividade.
Entretanto, foram colocadas a circular nas redes sociais pelo grupo ´Aveiro Desaparecido´ as imagens da plataforma abandonada e já com sinais de vandalismo, sendo já apelidado de ´elefante branco´.