Insistência de Ribau Esteves em cave no Rossio causa desagrado

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Rossio, Aveiro (imagem Jaime Abenta / https://www.facebook.com/jaime.abenta).
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O movimento informal ‘Juntos pelo Rossio’, que contesta o projeto de requalificação do jardim com parque de estacionamento subterrâneo, mostrou-se surpreendido pela tomada de posição da Câmara, ontem, ao anunciar que existem condições para avançar o equipamento mais polémico.

O anúncio camarário foi feito na véspera de uma reunião com o grupo de contestatários, que estava marcada para esta sexta-feira.

O movimento garante que “tentou sempre construir uma ponte” com o excutivo camarário “no sentido de permitir a participação e envolvência dos cidadãos, dos moradores, dos privados e dos investidores de todo a zona que rodeia o jardim do Rossio, no processo de requalificação do mesmo”.

Por isso, lamenta que um dia antes da reunião conjunta o município tenha colocado “todos de parte, sem querer ter em conta a nossa opinião e a nossa visão para o jardim do Rossio, assumindo unilateralmente essa responsabilidade”.

O movimento, que iniciou um proceso de angariação de fundos para ações de contestação, reafirma a oposição ao projeto em cima da mesa. “Hoje estamos mais fortes, mais convictos e mais determinados do que nunca”, diz, garantindo que tem a população ao seu lado.

Estacionamento não é obrigatório, diz o BE

O Bloco de Esquerda considera, por seu lado, que “a possibilidade técnica de construção do estacionamento em cave (…) é diferente de obrigatoriedade” e reafirma a sua oposição a uma obra que “está estimada em mais de 10 milhões de euros, a suportar por um privado em troca da exploração do estacionamento e por fundos comunitários.”

O Bloco lembra que “há outras prioridades em Aveiro para o investimento de dinheiro público. Considera ainda que as políticas de mobilidade devem ser regidas pelo interesse público e sujeitas à democracia pelo que rejeita a concessão a privados nesta matéria.”

A “grande mobilização popular em torno de um Rossio verde”, acrescenta, “deve ser atendida pelo executivo municipal.”

O novo estudo recua em relação à intenção inicial de reduzir a área de jardim. Prevê ainda a redução do trânsito na envolvente. “Desde o início, o Bloco defendeu um Rossio enquanto área verde com usos múltiplos para a população e visitantes. Consideramos que se pode evoluir para uma solução de regeneração urbana sem o estacionamento subterrâneo e com prioridade à mobilidade colectiva e suave.”

PS critica falta de democracia e insiste num referendo

O PS de Aveiro prepara uma reação “mais aprofundada” às pretensões camarárias, mas já criticou “as notícias e os procedimentos” vindos a público, que “revelam a mais falta de democraticidade e mais elementar sentido de dever nompoder local”.

Os socialistas falam em “desrespeito total pelos aveirenses”, atendendo ao pouco ou nenhum acolhimento da vontade e da voz dos cidadãos”.

O PS critica “decisões sem escrutínio democrático, transparência e coerência” nas propostas (“mais carros, menos carros; menos verde, agora mais verde”) e reafirma que “o caso do Rossio exige” um referendo local.

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