Imputações do processo ‘Ajuste secreto’ usadas pelo PS para atacar maioria PSD-CDS em Estarreja

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Câmara de Estarreja.

O PS de Estarreja abordou o processo judicial conhecido como ‘Ajuste secreto’ para atacar a maioria PSD-CDS na Câmara local. O assunto foi retomado recentemente pela vereadora socialista Catarina Rodrigues na reunião do executivo liderado por Diamantino Sabina, tendo este respondido de forma muito dura, imputando motivações eleitoralistas à tomada de posição.

Um dos arguidos do processo relacionado com crimes económicos, envolvendo contratos de autarquias e empresas da região, é o vice-presidente da Câmara, Adolfo Vidal, que está pronunciado por corrupção passiva (9) e prevaricação (9).

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Em comunicado, socialistas traduzem o despacho instrutório, que decidiu levar todos os acusados a julgamento, como uma forma de dizer “que a gestão da câmara, a nível das obras públicas é feita, segundo o despacho da Juíza, à margem da lei, ao sabor da vontade de uma empresa e contra os interesses dos estarrejenses”.

Ou seja, “um indivíduo de uma empresa externa a fixar o valor de obras municipais para depois indicar qual das suas empresas é que as executa. Isto, para contornar os limites da despesa pública. Ou, noutras ocasiões, executar as obras e só depois de feitas, iniciar os procedimentos exigidos por lei.”

A investigação analisou nove contratos em Estarreja que ultrapassam 1 milhão de euros.

O aparente desconhecimento dos procedimentos concursais em causa por parte do presidente da Câmara também motiva estranheza aos socialistas.

Segundo o PS, confrontados pela vereadora Catarina Rodrigues, os vereadores da coligação afirmaram rever-se na gestão camarária.

Ler comunicado do PS de Estarreja.

Discurso direto

“Não estivéssemos em pleno momento pré-eleitoral, estranharíamos tal posição. ora como não é o caso, cá temos nós que melhor caracteriza este Partido Socialista local: a mediocridade, a mesquinhez, a falta de carácter e de respostas e propostas para quem quer liderar uma Câmara Municipal. É profundamente lamentável que se continue a utilizar um processo judicial injusto e infundado, ainda com muito para andar e por ser resolvido e esclarecido para tentar ‘ganhar pontos’ nesta corrida eleitoral. Defendo com veemência que as pessoas devem estar acima da política e não o contrário, mas o certo é que neste PS local vale tudo, até ‘arrancar olhos’ (…) As declarações do presidente da Câmara referem-se àquilo que é uma relação saudável e de confiança com um vice-presidente. Confiei, confio e continuarei a confirmar no trabalho do eng. Adolfo Vidal até quando for necessário (…)” – Diamantino Sabina, presidente da Câmara (declarações em ata de reunião do executivo).

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