Impactos do cenário internacional para as empresas

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Imagem AEP.
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Portugal, que tem vindo gradualmente a abrir-se ao exterior, irá inevitavelmente sentir os impactos deste cenário internacional, com as empresas a enfrentar, no curto e médio prazo, um clima particularmente difícil, ainda num quadro de elevado grau de endividamento.

Por Luís Miguel Ribeiro *

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O novo ano arranca e com ele os riscos para o mundo parecem não abrandar. À guerra entre a Rússia e a Ucrânia juntou-se o conflito no Médio Oriente, além dos ataques ao tráfego marítimo do Mar Vermelho, com consequências diretas nos fluxos do comércio internacional, bem como dos seus custos.

Estão a ser usadas novas rotas no transporte de mercadorias, que elevam o custo do transporte internacional, podendo inverter as expectativas da descida da inflação. Uma nova disrupção nas cadeias de valor globais é, também, uma elevada probabilidade.

Portugal, que tem vindo gradualmente a abrir-se ao exterior, irá inevitavelmente sentir os impactos deste cenário internacional, com as empresas a enfrentar, no curto e médio prazo, um clima particularmente difícil, ainda num quadro de elevado grau de endividamento.

Neste contexto, sublinho a importância da diversificação dos mercados de destino das exportações portuguesas de bens, diminuindo a sua exposição à elevada concentração num reduzido número de países e ampliando as ligações económicas com países mais dinâmicos, uma importante via para mitigar os riscos.

Reforço ainda que esta instabilidade do enquadramento internacional não deve constituir um fator de desmotivação. Como se tem verificado, os empresários portugueses conseguirão manter a capacidade em enfrentar as adversidades e a aproveitar, ao máximo, as oportunidades que vão surgindo na estratégia internacional. A AEP é testemunha disto mesmo!

Graças ao papel das empresas, o peso das exportações de Portugal no PIB subiu de 28%, em 2000, para 50%, em 2022, tendo descido para 47,4%, em 2023, sendo ambição de Portugal elevar este valor para, pelo menos, 60% em 2030. Para isso, estão identificados três pilares em que deve assentar a estratégia exportadora em qualidade e quantidade: Inovação, Capital Humano e Investimento.

É sobre este grande desígnio exportador na economia portuguesa que dedicamos revista BOW – Portugal Business On The Way. Com o tema “O Papel da Internacionalização na Afirmação de Portugal”, a edição 30 da revista BOW reúne vários pontos de vista dos mais variados quadrantes para nos dar as suas visões sobre Portugal, as exportações e o futuro.

Neste âmbito, destacamos e analisamos os 5 principais mercados de exportação de Portugal – Espanha, França, Alemanha, EUA e Reino Unido –, no fundo “os cinco magníficos”, alvo de uma infografia para uma melhor análise. E ainda, para ler nesta edição, destaco as empresas protagonistas desta estratégia na secção Radar Internacionalização. Boa leitura!

* Presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial de Portugal (AEP). Editorial da revista WOW.

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