Sérgio Lopes, Vereador eleito pelo Partido Socialista, criticou o pacote fiscal apresentado pela maioria UPF na Câmara Municipal de Ílhavo, que tem como efeito o aumento da carga fiscal aos munícipes em cerca de 2 milhões de euros, face ao previsto para 2022, num total de 16 milhões de euros, o que representa metade da receita prevista.
O autarca socialista apontou que este aumento da receita proveniente de taxas e impostos municipais ocorre num período de, em sentido inverso, perda de rendimentos das famílias e pequenos negócios, face à crise inflacionista que vivemos. Sérgio Lopes acusou o Presidente da Câmara de apresentar propostas socialmente insensíveis.
O PS defende que o IMI deveria ter sido reduzido para a taxa mínima, de 0,3%, ao invés da redução anémica de 0,01%; que a taxa variável no IRS deveria ter sido reduzida para 3%, ao contrário da manutenção em 4%; e que a taxa de Derrama deveria prever isenções setoriais para os negócios mais afetados pela crise, designadamente os que estão ligados aos pequenos comércio e serviços de proximidade. Neste último capítulo, Sérgio Lopes discordou também do fim da isenção às novas empresas que criem pelo menos cinco postos de trabalho.
O Vereador do PS defendeu que este alívio da carga fiscal, para além de desejável, é sustentável em termos orçamentais e financeiros, dada a folga orçamental resultante do imobilismo que se regista na Câmara Municipal, bem patente nos anunciados 7,5 milhões de euros de saldo de gerência. Sublinhou também que as reduções operadas nas taxas de IMI e IRS, ao longo dos últimos anos, não representaram uma perda de capacidade financeira da Câmara que, ainda assim, tem verificado o aumento paulatino da sua receita fiscal.
PS de Ílhavo
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