No mês passado, a Câmara Municipal de Ílhavo aceitou ser parceira da campanha nacional de vacinação da gripe, promovida pela Associação Nacional de Farmácias, que permitiria vacinar cerca de 150 mil pessoas, com 65 ou mais anos, nas farmácias aderentes.
A iniciativa mereceu, desde logo, o acolhimento e adesão da Câmara Municipal, que assumiu os encargos com as despesas inerentes ao ato de administração da vacina (já que esta é gratuita para esta faixa etária da população), que permitiria atenuar a elevada pressão que está a ser exercida sobre os centros de saúde, unidades de saúde familiar e unidades locais de saúde, e, simultaneamente, criar condições para que mais pessoas tenham acesso facilitado à vacinação contra a gripe.
A Câmara Municipal lamenta, sem que tenha decorrido um mês após o início da campanha, que tenham faltado vacinas nas Farmácias do Município de Ílhavo e que o número prometido no acordo e distribuídas (2.000 vacinas) não tenha chegado às 500 unidades (cerca de 25%), não havendo perspetiva de reposição do número de doses em falta. A Autarquia sente-se defraudada com as expectativas criadas e com o projeto apresentado e, deste modo, não concretizado, realidade que contrasta com o permanente discurso do Ministério da Saúde, no qual a Ministra reitera, permanentemente, a distribuição massiva da vacina da gripe nos centros de saúde e nas farmácias.
É um péssimo contexto para a saúde pública, nomeadamente em tempos de pandemia, mas, principalmente, para a comunidade sénior do Município que se vê, desta forma, privada de um serviço e de uma iniciativa bastante relevante.
Câmara de Ílhavo