Uma “continuada evolução do desenvolvimento equilibrado e integrado do território, sempre no caminho da criação de riqueza e crescimento sustentável e numa oferta abrangente de ações e serviços de qualidade e modernidade que contribuem para o engrandecimento do município”.
É assim que a Câmara de Ílhavo encara o relatório e contas de 2019 aprovado pela maioria PSD, apresentando uma execução em cerca de 88%. A dívida bancária de médio e longo prazo, “continua a descer”, atingindo o valor de 6.311.407 euros, inferior em 24,53%.
Uma gestão “assente no rigor e na sustentabilidade” que “resultou numa complementaridade e equilíbrio positivos entre o investimento em infraestruturas e a implementação de ações e medidas que promovam a coesão social, a qualidade de vida e o bem-estar dos cidadãos e das comunidades”, como refere um comunicado.
O “rigor das contas” permitiu ao executivo “reforçar, de forma sistemática, sustentada e sustentável, os apoios financeiros e logísticos às associações” locais e “continuar a disponibilizar importantes e fundamentais recursos financeiros às Juntas de Freguesia”.
Discurso direto
“Importa registar, novamente, a contraditória posição assumida pelos Vereadores do Partido Socialista que se abstiveram na aprovação do Relatório e Contas apresentado (e que reflete a execução do Plano e Orçamento), contrariando a sua reprovação (voto contra) do Plano e Orçamento para o ano 2019”.
Indicadores
» O ano de 2019 registou um montante total da receita de 27.242.730 euros, atingindo os 88,76% e mantendo a superação do valor de referência previsto na Lei das Finanças Locais de 85%, situação que se tem vindo a verificar desde o ano de 2015;
» No que diz respeito à despesa paga em 2019, esta totalizou 24.067.805 euros, sendo o valor da despesa corrente de 15.452.268 euros e o valor das despesas de capital de 8.615.537 euros;
» Relativamente à dívida bancária de médio e longo prazo, continua a descer, atingindo o valor de 6.311.407 euros, inferior em 24,53% em relação ao valor de 2018;
» Quanto à dívida a fornecedores, tem um valor de 978.331 euros, “perfeitamente equilibrado e ajustado à nossa realidade, num evidente espelho do rigor e transparência de gestão” ( o valor em 2018 foi de cerca de 2,2 M€).
“Escolhas do PSD às custas da sobrecarga fiscal” – PS
O PS ilhavense faz um balanço negativo da gestão municipal, votando em consonância. “Deparamo-nos ao longo dos últimos seis anos com o cenário das escolhas que o PSD fez, sempre às custas da sobrecarga fiscal dos munícipes”, criticam os socialistas em declaração de voto, lamentando que não se tenha avançando com uma “redução de despesa rigorosa” e a ausência de uma “ação política estratégica que resolva os problemas estruturais do município”.
“Ainda que o valor da dívida tenha vindo a reduzir ao longo dos últimos seis anos e que o seu peso face à dimensão orçamental da autarquia seja suportável, não podemos escamotear que o custo anual da sua existência hipoteca uma parte importante da capacidade financeira da Câmara na resposta aos problemas do presente e aos desafios do futuro, resultante de orçamentos municipais sobredimensionados que não resolveram (os problemas) muitos dos problemas estruturais do Município (…).
Esta estrutura financeira, resultante dos desvios do passado e da falta de rasgo na introdução de mecanismos de eficiência na administração que se arrasta até ao presente, tem servido de álibi à maioria PSD para, ano após ano, aumentar a carga fiscal aos Munícipes (…).
Registamos ainda debilidades na gestão do Município que se refletem, designadamente, na falta de cobertura total do saneamento, não obstante os investimentos feitos nesta área ao longo do mandato anterior, mas que neste mandato não verificou o necessário avanço, ao ritmo que se exige, na ausência de uma rede de transportes públicos em todo o Município, bem como na inexistência de uma estratégia para a regeneração urbana, em especial, nas freguesias da Gafanha da Nazaré e da Gafanha da Encarnação (…).
De referir também que a capacidade de execução das Grandes Opções do Plano deixa muito a desejar, sendo que mais de 25% das prioridades da maioria PSD ficaram por concretizar (…).
Ler comunicado dos eleitos do PS de Ílhavo
