Hospital de Aveiro realizou 51.840 testes de Covid-19 no último ano

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Hospital de Aveiro.
Natalim3

O Laboratório de Patologia Clínica do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) realizou 51.840 testes ao SARS-CoV-2 no último ano, mais concretamente entre 19 de março de 2020 e 21 de março de 2021.

Segundo a unidade hospitalar, 3894 testes tiveram um resultado positivo.

O balanço apresentado é “um número revelador da capacidade de resposta” do serviço, “que hoje está muitíssimo mais consolidado – sobretudo, ao nível da formação de recursos humanos – no que diz respeito à área da Biologia Molecular.”

Aquando das solicitações iniciais por parte do Serviço de Urgência, o laboratório evidenciou “condições necessárias para avançar para a pesquisa deste novo vírus.”

Desde 2008, que a área da Biologia Molecular investigava, sobretudo, a tuberculose. Em 2011, a área cresceu com a aquisição de um equipamento de processamento e com a integração de uma investigadora (Sónia Ferreira), que assumiu a pesquisa das cargas virais dos doentes com HIV e Hepatites B e C.

“Essencial” foi, também, a existência de um equipamento de Laboratório de Biosegurança Nível 3, adquirido em 2017, “que diferenciou bastante o serviço, uma vez que, a nível nacional, só mais cinco hospitais é que o têm.”

Reunidas as condições, o CHBV começou a processar os testes de Covid-19, “tornando-se numa das poucas instituições da Região (públicas e privadas) a fazê-lo.”

A procura “subiu exponencialmente” e foi necessário dar resposta também a pedidos do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, do Hospital de Ovar (concelho que esteve em cerca sanitária), dos COVIdrives (entretanto dinamizados pelo ACES do Baixo Vouga nos vários concelhos da Região), nas Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPI) e creches, obrigando “à reorganização do serviço.”

Hoje em dia, o serviço processa, em média, 250 a 300 pesquisas diárias para o vírus SARS-CoV-2. Tem capacidade de realizar testes de biologia molecular por RT-PCR em distintos equipamentos.

O laboratório dá resposta já não dá resposta só às áreas Covid, mas também já retomou o seu normal funcionamento, de apoio a toda a atividade clínica.

Marcos de 2020

» Formação em Biologia Molecular a uma equipa de mais seis técnicos, que se organizaram em quatro turnos a funcionar 24 horas/24horas, aumentando assim a capacidade de processamento de teste ao SARS-CoV-2 para cerca 400 testes/dia;

» Em abril/ maio 2020, com a atividade clínica programada já suspensa, 90% do trabalho de serologia laboratorial passou a ser dedicado à pesquisa do SARS-CoV-2;

» Foi necessário ampliar a resposta com apoio da Universidade de Aveiro, mais propriamente do seu Instituto de Medicina Molecular;

» O número de casos voltou a crescer em outubro, atingindo o seu máximo durante o mês de janeiro. Os laboratórios privados foram autorizados a testar, o que permitiu que o CHBV “estivesse absolutamente disponível para responder, em exclusivo, às demandas internas”.

Quatro dezenas de profissionais

O Serviço de Patologia Clínica conta com 40 profissionais, de entre os quais cinco médicos especialistas e quatro médicas internas de especialidade, quatro técnicos superiores de saúde, 24 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, três assistentes operacionais e um assistente técnico.

Discurso direto

“A pandemia tornou o nosso Serviço mais capacitado, mais motivado, mas também mais cansado. Respondemos a todos os desafios que, diariamente, nos foram surgindo e tivemos de pôr à prova a nossa capacidade de adaptação. Correu muito bem porque a base foi o trabalho em equipa, de forma comprometida e colaborante. Já não é só o futuro, é o presente. E se isto é verdade ao nível nacional, é com toda a certeza verdade ao nível do nosso laboratório que passou de 2 para 7 profissionais dedicados a esta área” – Elmano Ramalheira, diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHBV.

“O desempenho do Serviço foi extraordinário e fundamental para a gestão atempada da Pandemia na Região, e creio que ficou evidente a importância da Patologia Clínica na sua capacidade de adaptação tecnológica e de organização, fundamental em contexto hospitalar, mas também importante na articulação com entidades exteriores, nomeadamente a Universidade de Aveiro” – Frederico Cerveira – Diretor clínico, médico especialista de Patologia Clínica.

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