O Ministério Público da Comarca de Aveiro deduziu acusação contra um arguido a que imputa a prática dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver. O caso diz respeito ao indivíduo suspeito de assassinar a esposa de 36 anos, em Vagos, no verão do ano passado.
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Segundo o despacho de acusação, entre as 11h39 e as 12h00 de 14 de agosto de 2024, quando a vítima estava no interior do quarto na residência, a fazer uma mala de viagem, prevendo abandonar aquela residência, por ter decidido separar-se do marido, “este entrou no quarto” empunhando uma faca de cozinha, e “desferiu diversos golpes nas costas da vítima, dois dos quais a atingiram na face posterior do tronco, à direita.”
Depois, o alegado homicida “embrulhou o cadáver num cobertor que estava no quarto e, com recurso a um pano, limpou a alcatifa que revestia o chão, na parte em que se encontrava manchada com sangue da vítima.”
A investigação policial apurou que o arguido desligou o telemóvel da vítima e arrastou o cadáver para a mala do seu veículo automóvel, tendo ali colocado também a faca, um pano que utilizou para limpar o chão e, entre outros bens, a mala de viagem preparada pela mulher.
Depois conduziu em direção a uma zona florestal onde “fez um pequeno buraco no solo”, depositando ali o cadáver da vítima, que cobriu com terra.
Por último, desfez-se dos bens da vítima, do cobertor e da faca “e, mais tarde, comunicou às autoridades policiais o seu desaparecimento.”
O arguido aguarda o decorrer do processo sujeito à medida de coação de prisão preventiva.
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