Homicida de GNR julgado por tráfico de droga

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Apreensão de artigos em processo por tráfico de droga (Mealhada).
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Dois homens acusados de tráfico de droga, um dos quais também responde por posse de arma proibida, remeteram-se, esta tarde, ao silêncio no início do julgamento que decorre no Tribunal de Aveiro.

Um terceiro arguido esteve ausente na primeira audiência em que foi ouvido um militar da GNR do Núcleo de Investigação Criminal de Anadia, bem como testemunhas identificadas no processo como consumidores de estupefacientes.

O grupo, que atingiu grande influência no tráfico de droga não só no concelho da Mealhada como em várias localidades do interior do distrito de Coimbra, tinha como cabecilha um homem de 64 anos já com largo cadastro por assaltos à mão armada, incluindo no estrangeiro, mas também a autoria de um homicídio de um militar da GNR ocorrido em 1984 no concelho bairradino.

O homem em causa, detido preventivamente desde 19 de fevereiro do ano passado, quando a GNR procedeu a buscas a culminar cinco meses de investigação, assumiu genericamente o envolvimento no tráfico de droga, mas remeteu outras declarações para o final do julgamento.

Já o segundo arguido, de 53 anos, pedreiro residente em Penacova, que a par do ausente apoiava o cabecilha na atividade, a troco de dinheiro, usou do direito a não prestar depoimento.

O tráfico (cocaína, heroína e cannabis) era feito, sobretudo, a partir de casa do sexagenário, na Mealhada, ou num café ao lado. A elevada frequência de consumidores no lugar gerou “alarme” entre a população, tendo motivado a investigação da GNR.

As vigilâncias feitas aos traficantes registaram viagens ao Porto para adquirir droga e entregas aos clientes que estacionavam junto à casa ou na deslocação ao café próximo.

O arguido principal, que não tinha outra atividade, fazia-se transportar num veículo de gama alta.

No decorrer das buscas foi apreendido um veículo, diversas munições e cartuchos, armas brancas, telemóveis, objetos relacionados com o corte, pesagem e embalamento de estupefacientes e 885 euros em numerário.

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