Há um ano, o lugar de Vilarinho de São Roque, na freguesia de Ribeira de Fráguas, concelho de Albergaria-A-Velha, foi flagelado por um grande incêndio florestal, que chegou a colocar em risco casas e habitantes.
As chamas deflagraram a 29 de março, tendo sido combatidas por uma centena de bombeiros de várias corporações com apoio de um meio aéreo. Dois dias depois, registou-se um reacendimento, que obrigou os ‘soldados da paz’ a regressar ‘ao terreno’. Ao todo, o fogo consumiu mais de um hectare e meio de povoamento florestal misto (eucalipto e pinheiro), como há muito não acontecia naquela zona.
Populares denunciaram à GNR um morador local que foi avistado a atear fogo ao mato com recurso a um isqueiro numa encosta de difícil acesso, onde as chamas se propagaram rapidamente.
Quando foi detido, em casa, o indivíduo de 46 anos assumiu a autoria e até ajudou na reconstituição dos factos. A mãe adiantou à Guarda que tinha sido avisada pelo próprio filho que ia provocar um incêndio e tentou demovê-lo, sem sucesso.
“Ele não nos deu motivação para o que fez, respondeu apenas que tinha que fazer aquilo”, referiu, esta quarta-feira, no início do julgamento a decorrer no Tribunal de Aveiro um mestre florestal da GNR, que apoiou a investigação.
O arguido, desta vez, remeteu-se ao silêncio sobre o fogo florestal que causou prejuízos elevados a proprietários locais, incluindo alguns seus familiares. E como padece de doença do foro mental, poderá levar a ser-lhe decretada imputabilidade diminuída, o que influenciará uma eventual pena. Como agravantes, tem referências, já antigas, por fogo posto, e uma condenação por tentativa de violação.
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