Um homem residente em Águeda foi absolvido, esta manhã, de maus tratos familiares, mas não se livrou de uma repreensão da juíza presidente.
O arguido estava acusado de três crimes de violência doméstica de que foram vítimas a esposa e dois filhos, um deles menor.
Chamados como testemunhas, os familiares em causa optaram por nada dizer, exercendo o direito ao silêncio. A GNR, que recebeu as queixas, também não presenciou, diretamente, os atos violentos.
O homem acabaria, por isso, absolvido dos crimes e do pagamento de uma reparação monetária que era pedida pelo Ministério Público.
“As testemunhas suas familiares decidiram seguramente conscientemente, independentemente do que se tenha passado foi um ato de boa vontade, transmitiram uma mensagem de perdão, esperamos que seja merecedor desse comportamento com um comportamento adequado em termos de família e sociedade”, afirmou a juíza presidente.
No julgamento, o homem, motorista de profissão, assumiu apenas um problema de alcoolismo. Garantiu que está medicado e deixou de beber.
A esposa foi alvo dos episódios mais violentos, tendo sido esmurrada em várias ocasiões e ameaçada de morte.
À filha, atualmente com 22 anos, chegou a colocar um cinto ao pescoço, arrastando-a pelo chão, onde desferiu agressões com um telemóvel. O filho, ainda estudante, era impedido de entrar em casa.
De acordo com acusação, o arguido, que fazia dos fins de semana, altura em que bebia mais, um autêntico inferno para a família, chegou a andar pela casa com uma machada e com uma moto serra a trabalhar.
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