Um homem de 53 anos da zona de Águeda foi condenado, esta segunda-feira, pelo Tribunal de Aveiro, em cúmulo jurídico, a três anos e nove meses de prisão, com pena suspensa, por crimes de violência doméstica (1), dano (1) e ainda desobediência (1).
O cúmplice, um empresário de 68 anos, foi condenado em co-autoria por um crime de dano na pena de multa (455 euros).
O coletivo de juizes julgou ainda parcialmente procedente o pedido de indemnização pedido pela ofendida, 51 anos, ex companheira do homem mais novo, que está atualmente desempregado. Este terá de pagar à sua parte 2.500 euros. Os dois arguidos terão ainda de pagar solidariamente mais 984 euros.
O tribunal proibiu, ainda, o principal arguido de contactar e aproximar-se da vítima.
A suspensão da pena ficou condicionada, entre outras obrigações, à frequência de um programa de prevenção de violência doméstica.
Danos, vigilância por GPS, injúrias e ameaças após fim de relação
O casal manteve uma relação entre 2001 e 2017. O homem não aceitou a separação, passando os meses seguintes a retaliar. Numa ocasião, embateu com a sua viatura no portão da casa da ofendida, na freguesia de Fermentelos, que ficou destruído. Na altura, tinha a carta apreendida, o que levou a ser acusado de desobediência.
O arguido chegou, em outra ocasião, a tentar invadir a residência, aproveitando a porta aberta, alegando que pretendia retirar pertences seus.
A ofendida veio a descobrir um localizador GPS colocado no seu automóvel, que transmitia para o número de telemóvel do ex companheiro.
Numa outra situação, encontrou a viatura, que deixara estacionado, com os pneus furados e outros danos que obrigaram a gastar mais de 980 euros para voltar a circular.
Eram frequentes também as mensagens enviadas para o seu telemóvel com injúrias e ameaças.