O homem que faleceu, ao fim da noite passada, na Ria de Aveiro, presume-se, na sequência de uma colisão entre duas lanchas que transportavam, tudo indica, pescadores de ameijoa, tinha cerca de 55 anos e era natural do concelho Estarreja (Pardilhó), informou fonte dos bombeiros da Murtosa, que estiveram envolvidos no socorro.
A vítima terá sido projetada para a água por força do embate, informou, por sua vez, Vitor Conceição Dias, comandante da Capitania do Porto de Aveiro, ressalvando que a Polícia Marítima iniciou uma investigação para apurar, em concreto, circunstâncias do suposto acidente náutico ocorrido na zona do terminal químico do Porto de Aveiro.
O alerta foi dado pelas 23:30, mas os meios de socorro já não puderam fazer nada pelo pescador que apresentava lesões na cabeça. O óbito foi declarado no cais de S. Jacinto pelo médico do INEM, para onde o falecido tinha sido transportado pelos colegas.
“Segundo o que foi possível apurar, após a colisão entre as duas embarcações, um dos tripulantes foi projetado para a água, tendo ficado em estado inconsciente”, refere um comunicado da Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Na zona do acidente não é raro que haja atividade de apanha de bivalves por mergulhadores com recurso a botija de ar, o que é proibido em toda a Ria de Aveiro.
A Capitania do Porto de Aveiro não confirma, para já, que fosse esse o caso na ocorrência registada perto da meia-noite de domingo.
O inquérito irá apurar as circunstâncias do acidente, nomeadamente as causas da morte e a que se dedicavam na altura os tripulantes das embarcações envolvidas.
No entanto, foi possível apurar que o acidente sucedeu, supostamente, quando os pescadores se precipitaram ao colocar as embarcações em marcha por terem avistado uma outra lancha, suspeitando que fosse uma fiscalização da Polícia Marítima, o que se revelou um falso alerta.
As embarcações envolvidas no acidente foram retidas pela Polícia Marítima no âmbito da investigação.
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