Um homem de 41 anos admitiu no Tribunal de Aveiro que tenha sujeito a esposa a maus tratos em momentos de embriaguez, invocando esse estado para não se lembrar em concreto dos comportamentos agressivos.
À data dos factos, o arguido, condutor de máquinas, vivia em Ovar com a ofendida, um filho menor de ambos e ainda dois enteados.
“A minha ideia não era fazer mal”, garantiu, atribuindo aos “tratamentos” médicos feitos então que tivesse ficado “esquecido” dos atos violentos em concreto. “Exagerava um bocadinho na bebida”, afirmou.
A acusação refere que o homem “frequentemente intimidava” a mulher durante discussões com ameaças e assustando-a ao prometer que pegava fogo à casa onde causava frequentemente danos ao partir portas e mobiliário.
Além de violência doméstica, o homem está acusado de incêndio na forma tentada após ter ficado sem a guarda do filho. Em causa, dois casos, que negou terem sido propositados, atribuindo a “acidentes”.
Em 2018 terá ateado uma fogueira junto ao carro da mulher. Já depois já da separação, em maio de 2019, “numa postura de assédio e vingança”, fez-se munir de um garrafão com gasolina lançou fogo a um arbusto do pátio da casa, valendo a pronta intervenção de um filho mais velho da ofendida.
A mulher e o filho mais novo seriam acolhidos numa casa abrigo para vítimas de violência doméstica.