‘Há dias assim’: Pelos trilhos dos rios em Vilarinho de S. Roque

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Percurso em Vilarinho de São Roque (foto de António Garcia).
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Mais uma viagem por terras onde há gentes boas, dinâmicas e acolhedoras: Vilarinho de S. Roque, freguesia de Ribeira de Fráguas. E foi exactamente aqui, aos pés da Igreja Velha, que encontrámos HikeLand com o seu guia e escritor Tomás Quirino.

Por António Garcia *

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Prestos, subimos por caminhos, estradões e um pouco de alcatrão, num atalho ao famoso trilho dos 7 Rios. A subir tínhamos o rio à nossa esquerda (a descer igualmente, mas já lá vamos). Esta 1ª parte do trajecto (novidade) não tinha grande coisa de particular, se não termos constatado, com os caminhos limpos, teríamos caminhado bem perto do Fílveda e teríamos desfrutado o espaço para montante, apreciando os seus açudes maravilhosos, adivinhando moinhos e minas em tempos de outrora. Uma alternativa curta do actual trilho dos 7 Rios.

Depois foi a chegada à Aldeia de Portugal onde nos esperava a Presidente de AVILAR, que nos conduziu até aos moinhos do Regatinho, com visita guiada. Dali, fomos ao longo do trilho do Linho, demos volta aos campos em socalcos que ladeiam a aldeia e aterrámos junto do antigo lavadouro onde o piquenique nos reconfortou.

Vilarinho de São Roque (foto de António Garcia).

Em seguida, foi a descida até ao ponto de partida, já pelo trilho oficial dos 3 Rios, na parte considerada o ex-libris do percurso. Um pequeno grupo “sortudo” desfrutou de uma guia que conhece estes espaços como a palma da sua mão. Esta parte final do percurso é mais técnica e segue para jusante o Fílveda, mesmo aos pés do rio. Espectáculo maravilhoso com a água a jorros, saltando com pujança os açudes e outros obstáculos que se instalaram no seu leito.

Confesso que perdi a conta das vezes que por aqui passei, mas de cada vez encontro sempre algo de novo.

Pequena nota negativa: na descida do Fílveda, na zona dita dos Lameiros, perto do Açude dos Ingleses, encontrei uma situação que me revoltou (ao grupo também). Uma parte da levada que ali existia foi arrasada com pedras para a passagem de um qq tractor ou máquina de madeireiro. Com autorização do proprietário (uma empresa a quem pertencem as antigas minas de Volfrâmio ali perto), com conhecimento e acordo do Presidente da Junta de Freguesia. Como é possível esta falta de sensibilidade? Como é possível amputar um elemento importantíssimo desta parte do percurso dos 3 Rios? Como é possível sr. Presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, permitir tal crime?

* Artigo publicado originalmente em https://www.facebook.com/antoniotony.garcia.9

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