Ainda na redescoberta da ciclovia do Vouga (tarda a ser inaugurada), para evitar o percurso Viseu – S. Pedro do Sul cujo piso é uma miséria (como aqui já assinalei), fui até à antiga estação CP desta cidade, onde iniciei o percurso em direcção a oeste.
Por António Garcia *
Em S. Pedro do Sul e Vouzela, encontramos uma autêntica ecopista. Mas logo que chegamos ao concelho de Oliveira de Frades, regressamos a um piso, como o do concelho de Viseu, com gravilhões soltos, numerosos, sem apoio em areia ou outro tipo de base.
Desta vez fui mais longe que Oliveira de Frades, em direcção de Sever do Vouga. Até Oliveira de Frades foi quase sempre a subir; depois e até Sever de Vouga, é quase sempre a descer. Mas não ousei ir tão longe e ao Km 38 dei meia volta (mesmo assim foram 76Km nas pernas, com um furo no meio do caminho – reparado em Vouzela). O envolvente deste trajecto é bonito, muita vegetação (o eucalipto é omnipresente – quem se admira?), quase em paralelo com a N16 e as antigas pontes são impressionantes.
Em Oliveira de Frades, finalmente, começaram a instalar ciclovias por todo lado (a maior parte ainda está por pintar, mas já há um tracinho amarelo a indicar o que será dentro de algum tempo). O que faz com que tenha andado à nora para encontrar a boa (dica: sigam em direcção da Igreja Velha). Mas tanto a montante, como a jusante, aqui copiaram o mau aluno desta ciclovia: Viseu!
Não posso deixar de insistir que este tipo de piso para a ciclovia, vai restringir a sua utilização. É um erro crasso e deita-se dinheiro pela janela fora. Mesmo com um excelente exemplo aqui ao lado (ecopista do Dão, entre Viseu e Santa Comba Dão), como se deve fazer uma ecopista, parece que não serve para nada. Definitivamente, não são os melhores que nos governam e/ou gerem as instituições públicas.
* Trabalhou como director – responsável de sector social & cultural. https://www.facebook.com/antoniotony.garcia.9
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