Grupo de Ajuda Mútua em casos de violência doméstica e de género

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Cedência de instalações ao Grupo de Ajuda Mútua para vítimas de violência doméstica e de género de Águeda.

A Câmara Municipal de Águeda cedeu uma sala à Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) – Delegação de Águeda, onde esta instituição vai criar um Grupo de Ajuda Mútua para vítimas de violência doméstica e de género.

Trata-se de uma resposta social que a CVP passa a dar em Águeda e que será efetuada na sala de reuniões da “Casa dos Magistrados”.

O apoio à CVP surge no âmbito da estratégia do Município de Águeda relativamente à promoção da Igualdade de Género e de Oportunidades, bem como da não violência, apoiando e desenvolvendo diversas parcerias. Entre os projetos apoiados pela Câmara de Águeda estão a Casa de Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência com Deficiência e/ ou Incapacidade, da CERCIAG; e o “Escutar Silêncios” – Rede Local contra a Violência Doméstica, do Centro Hospitalar e Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Vouga.

Paralelamente, a Câmara Municipal tem apoiado a CPCJ de Águeda na realização de ações de sensibilização e alerta para a proteção das crianças e jovens em risco. Estas e outras ações levaram a que o Município de Águeda tenha sido um dos premiados pela Comissão para a Igualdade do Género pelas boas práticas na integração da dimensão da igualdade do género, cidadania e não discriminação, quer na sua organização e funcionamento, quer nas atividades por si desenvolvidas.

Ainda sobre esta matéria, importa salientar que a Autarquia está a iniciar o desenvolvimento do Plano para a Igualdade de Género e Combate à Violência no Concelho de Águeda, estabelecendo parcerias com diversas instituições que trabalham nestas áreas para a realização de ações conjuntas, tal como é o caso da CVP, nomeadamente através da sua resposta “Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica – Dar a Voz”. É justamente no âmbito desta estrutura que surge o Grupo de Ajuda Mútua que agora é criado em Águeda.

Grupo de Ajuda Mútua

No espaço cedido pelo Município, cujo protocolo foi assinado hoje, a CVP pretende dar voz às vítimas de violência doméstica e promover a igualdade de género, dinamizando sessões presenciais mensais (último sábado de cada mês), onde as vítimas poderão partilhar, expor as suas dificuldades e serem apoiadas pelos técnicos da CVP e uns pelos outros, numa dinâmica de entreajuda.

Uma estratégia terapêutica que, segundo a CVP, se tem revelado de sucesso e uma referência de boas práticas, dada a avaliação de satisfação dos/as participantes, que testemunham o impacto positivo que tem nas suas vidas, para além de que se tornam evidentes as mudanças globais conseguidas, principalmente ao nível da diminuição da sintomatologia consequente da vitimização e do fortalecimento das competências pessoais e sociais.

Estes grupos de ajuda mútua são orientados por um conjunto de princípios e valores que assentam no respeito pela diversidade das pessoas, das capacidades individuais e na identificação de problemas comuns (favorecendo as interações sociais face a face), bem como o estabelecimento de relações de suporte positivas e que reduzam o sentimento de impotência, insegurança e isolamento.

Partilha de histórias de vida, conceção de materiais de sensibilização comunitária e debate de grupo são algumas das atividades que serão desenvolvidas nestas sessões.

Câmara de Águeda

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